Seis recordes, em menos de oito dias, deram à Bolsa de Valores da Colômbia um ganho de mais de US$ 38 bilhões.
A Bolsa de Valores da Colômbia (BVC) atingiu um novo recorde histórico, o sexto em menos de oito dias. No segundo pregão da semana, seu principal índice, o MSCI Colcap, ultrapassou os 2.041 pontos, mas recuou ligeiramente para fechar em 2.035,82 pontos, segundo registros da bolsa.
Entre 23 de outubro e 5 de novembro de 2025, o avanço do BVC foi de 5,75%, o que permitiu que o valor das ações negociadas ali aumentasse em mais de 38,4 trilhões de pesos, ou 8,6%, nesse curto período, elevando a capitalização do mercado de ações para mais de 487,1 trilhões.
Até agora neste ano, esse ganho em valor atingiu 155 trilhões de pesos — uma média de 15,5 trilhões por mês —, indicando uma recuperação de 46,7% nesse período, a maior já registrada pelo mercado de ações do país.
A capitalização de mercado é uma medida do tamanho de uma empresa e do valor que o mercado lhe atribui, o que ajuda os investidores a avaliar o risco e a liquidez.
Analisando esses valores em dólares , o ganho na última semana foi de aproximadamente US$ 10,742 bilhões e de mais de US$ 50,467 bilhões no acumulado do ano, indicando um crescimento de 9,34% e 67%, respectivamente. Hoje, a capitalização de mercado da BVC nessa moeda ultrapassa US$ 125,790 bilhões, de acordo com os registros da entidade.
Apesar do progresso rápido e sustentado observado na BVC desde 2023, a capitalização de mercado da bolsa colombiana ainda está longe de outras bolsas da região, como a do Chile, que no final do ano passado era de cerca de 263 bilhões de dólares, ou a do México, que gira em torno de 452 bilhões.
Perspectivas Apesar do desempenho observado, as ações colombianas continuam sendo negociadas com desconto em comparação com seus pares regionais, segundo analistas do BTG Pactual, que apontam que "o índice Colcap está sendo negociado a um múltiplo preço/lucro de 7,7 vezes, abaixo da média histórica e de mercados como o Chile (10,5x) ou o Peru (8,5x). Isso sugere um potencial de valorização adicional de cerca de 42%, caso haja uma convergência para os níveis históricos", como os que estão sendo observados atualmente.
Os mesmos analistas afirmam que o mercado está atento à evolução do contexto político e regulatório, bem como ao desenvolvimento de processos estratégicos em grandes grupos empresariais.
"Com avaliações ainda atrativas e fundamentos em constante melhoria, a Colômbia está emergindo como uma das apostas mais interessantes da América Latina para investidores que buscam oportunidades em ações regionais", comentam.

Sede da Bolsa de Valores da Colômbia (BVC), localizada em um dos distritos financeiros de Bogotá. Foto: BVC
Entre as ações com melhor desempenho na quarta-feira, as ações preferenciais do Grupo Sura se destacaram, subindo 7,1% para 44.980 pesos. Em seguida, vieram as ações do Grupo Sura, com alta de 5,77% e fechamento a 51.300 pesos, e as do Grupo Aval, com alta de 4,31% e preço da ação a 798,00 pesos.
Entretanto, as três ações mais negociadas no segundo dia da semana foram as da Icolcap, com mais de 47,731 bilhões de pesos negociados, as ações preferenciais da Cibest, com 26,451 bilhões, e as ações da Ecopetrol, com 14,116 bilhões, informou a bolsa de valores no fechamento do pregão.
Analistas de mercado acreditam que, se uma redução no prêmio de risco político se materializar e, portanto, no custo de capital, o índice do mercado de ações poderá atingir níveis próximos a 2.300 pontos nas próximas semanas.
Ao longo das últimas duas décadas e meia, a Bolsa de Valores da Colômbia (BVC) passou por diversas fases, nas quais seu principal índice sofreu alterações. Após a fusão das três bolsas de valores que operavam no país — Bogotá, Medellín e Cali — em julho de 2001, foi adotado o Índice Geral da Bolsa de Valores da Colômbia (IGBC). Sete anos depois (15 de janeiro de 2008), foi introduzido o índice Colcap e, em 28 de maio de 2021, este foi substituído pelo MSCI Colcap, que ganhou destaque no mercado acionário global nos últimos anos.
eltiempo




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