Sheinbaum reitera intenção de implementar novas reformas eleitorais

A presidente Claudia Sheinbaum Pardo anunciou que promoverá reformas eleitorais para reduzir o orçamento do Instituto Nacional Eleitoral (INE), os recursos recebidos por partidos políticos por meio de prerrogativas e o número de deputados federais e senadores com representação proporcional ou plurinominal, entre outros pontos.
Do Palácio Nacional, durante sua coletiva de imprensa matinal diária, ele afirmou que o INE extrapolou sua competência ao debater os votos e a anulação das urnas na última eleição da Justiça Federal (PJF), e que há assessores eleitorais com posicionamento político claro.
Por exemplo, agora o INE — do meu ponto de vista — foi longe demais ao dizer que 'houve votos que não deveriam ter sido contabilizados no resultado final'. Essa é a função do Tribunal Eleitoral (do Poder Judiciário Federal), não do INE; o Tribunal tem essa autoridade, o Instituto Nacional Eleitoral não. Agora, eles querem revisar sabe-se lá o quê, quando essa não é a função deles."
"Então, sim, eles são um grupo de vereadores que não agem para cumprir a vontade do povo, que é, em última análise, o que é a democracia, mas sim têm uma posição política que se traduz em: 'tudo o que for contra o governo da Quarta Transformação deve ser votado contra', independentemente do que seja ou do que seja apresentado."
No INE, ele insistiu, há assessores cuja única função é atacar o governo federal.
E voltando ao tema do INE, é a mesma coisa. Trata-se de uma manobra e não do papel de um conselheiro eleitoral, que tem a ver com garantir eleições transparentes e com as funções que ele tem. Portanto, (a iniciativa eleitoral) virá no devido tempo.
A reforma eleitoral anunciada, explicou, faz parte de seus compromissos de governo.
"Tenho 100 pontos a favor da reforma eleitoral, que é necessária, e a apresentaremos no momento oportuno. Porque tem a ver com o montante de recursos utilizados para o INE — a eleição custou 8 bilhões de pesos agora mesmo —, o montante de recursos utilizados nas eleições, o montante de recursos que o INE tem, o montante de recursos disponíveis para partidos políticos e outras formas de governo. Também as eleições plurinominais."
As mudanças viriam em setembro
Ontem, Ricardo Monreal, coordenador do Morena em San Lázaro e presidente da Junta de Coordenação Política, apoiou a decisão de Sheinbaum de introduzir uma nova reforma eleitoral, que será discutida a partir de setembro próximo durante a sessão ordinária.
Monreal argumentou que todos os presidentes nos últimos anos implementaram reformas nessa área, então isso não deveria ser surpreendente.
"Lembro que desde 1988, a cada seis anos após as eleições presidenciais, acontecem reformas eleitorais, e desta vez não será exceção", disse ele.
Eleconomista