A discussão da reforma da saúde 2.0 foi adiada para a primeira semana de outubro.

Após remarcar a discussão sobre a reforma da saúde para esta quarta-feira, 24 de setembro, após ela não ter ocorrido na terça-feira por falta de quórum, o Conselho Diretor da Sétima Comissão do Senado finalmente decidiu adiar a sessão para a primeira semana de outubro.
"Por determinação da Mesa Diretora da Sétima Comissão do Senado, por meio desta Secretaria, informamos que a Sessão prevista para amanhã, quarta-feira, 24 de setembro de 2025, fica adiada para a próxima semana , em razão de a sessão plenária ter sido convocada para esse mesmo dia, às 8h", diz a notificação enviada a todos os membros da referida célula legislativa.

Comissão do Senado VII. Foto: Senate Press
Havia expectativa pelo reinício do terceiro debate sobre a iniciativa, já que uma proposta alternativa foi apresentada nas últimas horas pelas senadoras Norma Hurtado (La U), Ana Paola Agudelo (Mira) e Lorena Ríos (Colômbia Justa y Libres).
No entanto, a presença necessária para a discussão não foi alcançada, o que gerou descontentamento no partido governista. Todas essas medidas foram interpretadas pela Câmara de Nariño como uma medida protelatória, uma vez que, se o projeto de lei não for aprovado em seus quatro debates até 20 de junho de 2026, será reprovado por falta de tramitação.

Ministro da Saúde, Guillermo Alfonso Jaramillo. Foto: César Melgarejo
"A reforma foi apresentada em 2 de abril. Convoco meus colegas a se unirem, dialogarem e se engajarem em um debate saudável. Milhões de pessoas aguardam uma mudança no sistema de saúde. Não vamos adiar mais essa discussão, pelo bem dos colombianos", disse a senadora Martha Peralta (Pacto Histórico).
O Executivo também manifestou seu descontentamento. "Eles nem têm mais vergonha. Afundaram a reforma trabalhista rapidamente e agora querem afundar lentamente a reforma da saúde. Teremos que apelar à população para que, mais uma vez, faça o Congresso entender suas necessidades. A saúde não está sendo manipulada apenas pelos EPSs, mas também por alguns membros da Sétima Comissão do Senado", afirmou o Ministro do Interior, Armando Benedetti.
A ideia das forças que rejeitaram duas das três reformas sociais do governo, em abril de 2024 e março de 2024, é discutir a proposta alternativa e, a partir dela, qualificar a proposta do partido no poder, que consideram radical.

Ministro do Interior, Armando Benedetti. Foto de : CESAR MELGAREJO
"Vamos promover o debate dentro da Comissão VII, com vistas ao país. Vamos buscar um meio-termo para alcançar um nível de serviço razoavelmente aceitável no país", disse Ríos em entrevista ao EL TIEMPO.
No entanto, o presidente Gustavo Petro rejeitou a iniciativa. "A reforma apresentada como alternativa é inútil. Acaba com a transferência direta, ou seja, deixa o dinheiro para a EPS, que é a causa do problema. Abandona a tese que prevalece em toda a humanidade hoje: fortalecer a atenção preventiva e primária à saúde", afirmou o chefe de Estado.
Juan Pablo Peñagos Ramírez
eltiempo