Vice-Ministro dos Povos, ligado a caso de assédio sexual, demitiu-se do Ministério da Igualdade
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Nelson Lemus não é mais o vice-ministro dos Povos Étnicos e Camponeses do Ministério da Igualdade. Na quarta-feira, ele renunciou após ser vinculado a um caso de suposto assédio sexual de Sandra Milena Cobos, que era funcionária da pasta liderada pela vice-presidente Francia Márquez.
"Em resposta à sua solicitação, estou escrevendo a você com o propósito de renunciar e abrir mão do meu cargo como Vice-Ministro dos Povos Étnicos e Camponeses, com efeito a partir de hoje", diz a carta.
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Essa foi a mensagem que apareceu em um banheiro do Ministério da Igualdade. Foto: Arquivo privado
Na carta, Lemus mantém sua posição de que em suas ações em relação aos Cobos "nenhuma norma moral, étnica ou legal foi quebrada". No final da carta, ele se apresentou como vítima e afirmou que as acusações feitas por Sandra Milena Cobos, a quem ele teria assediado sexualmente, "geraram todo tipo de julgamento e preconceito na mídia contra mim, o que viola meus direitos e me coloca em alto risco como líder indígena, social e comunitária".
A suposta vítima de Lemus deixou o Ministério da Igualdade em protesto pela forma como sua queixa foi tratada. Em resposta às advertências, os chefes do ministério teriam decidido confrontá-la com a pessoa que seria seu agressor.
A denúncia contra Nelson Lemus "Tenha cuidado. Há um assediador sexual nas vice-vilas. Há reclamações." Essa foi a frase encontrada escrita em um banheiro do Ministério da Igualdade 24 horas após a renúncia de Sandra Milena Cobos Angulo, líder nacional de projetos de economia independente para comunidades étnicas e camponesas.
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Vice-presidente e Ministra da Igualdade, Francia Márquez. Foto: @FranciaMarquezM
Em sua carta de renúncia, Cobos Angulo acusou o vice-ministro dos Povos Étnicos e Camponeses, Nelson Lemus, de supostamente assediá-la sexualmente. O vice-ministro teria expressado seu interesse pessoal ao funcionário e insinuado viajar sozinho para os territórios. A vítima também teria recebido convites para sair do local de trabalho e abordagens físicas sem seu consentimento.
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Juan Sebastián Lombo Delgado
eltiempo