Alemanha: Atacante do Memorial do Holocausto compartilha ideologia do Estado Islâmico, diz Berlim

O suposto autor do ataque com faca a um turista espanhol no Memorial do Holocausto em Berlim na noite de sexta-feira compartilha a ideologia do grupo Estado Islâmico , disse o Ministério Público Federal alemão na segunda-feira, 24 de fevereiro. O suspeito, apresentado como Wassim AI M., um refugiado sírio de 19 anos, "agiu com base em uma convicção islâmica radical e antissemita" e "contra a sociedade liberal alemã" , disse o Ministério Público, responsável por casos de terrorismo, em um comunicado.

A instituição, portanto, assumiu o caso do Ministério Público de Berlim e abriu uma investigação preliminar por tentativa de homicídio e lesão corporal grave. Na sexta-feira, o suspeito atacou por trás um turista espanhol de 30 anos que visitava o campo de estelas do memorial, ferindo-o gravemente no pescoço. A vida da vítima foi salva após uma cirurgia de emergência. Ele então fugiu e retornou três horas depois ao local do ataque, onde foi até a polícia, que notou que suas mãos e calças estavam manchadas de sangue, o que levou à sua prisão. Segundo as autoridades, o suspeito "estava planejando matar judeus há várias semanas" e "foi nesse contexto que a cena do crime foi escolhida".

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Os investigadores encontraram um tapete de oração, um Alcorão e uma folha de papel com versículos do Alcorão em sua mochila, "sugerindo uma motivação religiosa" para seu ato. O ataque ocorreu dois dias antes das eleições parlamentares alemãs , em um clima já tenso após uma série de ataques mortais cometidos por estrangeiros. Inaugurado em 2005 no coração da capital, perto do Portão de Brandemburgo e da Embaixada dos Estados Unidos, o Memorial comemora, com mais de duas mil estelas de concreto, a memória dos milhões de judeus exterminados pelo Terceiro Reich.