Como a resistência francesa ao progresso salvou a Duralex

Tomada pelos seus funcionários há mais de um ano, a renomada fábrica de vidro organizou uma campanha de arrecadação de fundos na segunda-feira, 3 de novembro, para dar continuidade à sua recuperação. Em 24 horas, foram arrecadados 16 milhões de euros. Isso serve como um lembrete de que os franceses “não economizam quando se trata de artes culinárias”, observa o jornal britânico “The Times”.
Quem aprecia design atemporal ou já passou algum tempo na França certamente conhece os copos Duralex. Os franceses, em particular, são devotos a dois modelos icônicos da marca: o copo de água Picardie e sua versão menor e mais arredondada, o Gigogne. Ambos mantêm o mesmo formato há mais de cinquenta anos.
Por gerações, essas xícaras icônicas evocaram memórias de refeitórios escolares e encontros familiares. No início de novembro, essa nostalgia provou sua força quando a empresa lançou uma campanha de financiamento coletivo e arrecadou a extraordinária quantia de € 16 milhões em apenas 24 horas. Como costuma acontecer, os franceses não se limitam quando o assunto é arte culinária.
A Duralex emprega 250 pessoas em La Chapelle-Saint-Mesmin, na região de Loiret, a 120 quilômetros ao sul de Paris. A popularidade de seus produtos, embora ultrapassados, permanece forte, e o vidro temperado é fabricado utilizando máquinas quase obsoletas.
A conta de energia é, portanto, particularmente alta, os países com baixos salários oferecem uma concorrência acirrada e a sustentabilidade alardeada pela marca inevitavelmente reduz a demanda. Mesmo assim, os funcionários, que criaram a cooperativa Duralex, permaneceram convictos de que sua empresa...
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