Diretor do Wells Fargo proibido de deixar a China


Casos de funcionários estrangeiros impedidos de deixar o território chinês ocorrem regularmente.
A China anunciou na segunda-feira que uma funcionária de um banco americano foi proibida de deixar o país, confirmando notícias da imprensa, com Pequim citando a medida como ligada ao envolvimento dela em um "caso criminal". O banco Wells Fargo informou na semana passada que estava prestando assistência a Chenyue Mao, uma gerente sênior que entrou na China nas últimas semanas, mas agora não pode sair.
Ela está "envolvida em um caso criminal sob investigação das autoridades chinesas", disse Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma coletiva de imprensa regular. "Como o caso está sob investigação, a Sra. Mao Chenyue não pode deixar o país no momento e é obrigada a cooperar com as investigações", acrescentou.
Ele não forneceu detalhes sobre a natureza da investigação ou das acusações. O Wells Fargo, por sua vez, não forneceu mais informações sobre o caso. Nascida em Xangai e radicada em Atlanta, Chenyue Mao foi proibida de deixar a China, revelou o Wall Street Journal na quinta-feira.
O incidente levou o banco, sediado em São Francisco, a suspender todas as viagens de negócios de seus funcionários à China, de acordo com diversas reportagens da mídia americana. "Seja uma pessoa chinesa ou estrangeira, na China, ela deve cumprir as leis chinesas. A China protegerá seus direitos e interesses legítimos", disse o porta-voz Guo Jiakun, afirmando que se tratava de um caso "individual".
"A China continuará a receber, como sempre, cidadãos de todos os países que desejam viajar e fazer negócios na China e protegerá seus direitos e interesses de acordo com a lei", enfatizou.
Casos de funcionários estrangeiros impedidos de deixar o território chinês ocorrem regularmente. Na semana passada, um tribunal chinês condenou um funcionário japonês da empresa farmacêutica japonesa Astellas a três anos e meio de prisão por espionagem.
(o/yb)
20 Minutes