Orçamento de 2026: Esportes sacrificados?

Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.

Gildas Huet, presidente do clube de futebol amador Miniac-Morvan, aguardava ansiosamente os pacotes. Quinze bolas foram financiadas inteiramente por doações. Anualmente, o clube recebe € 5.700 em subsídios. Mas, para economizar, o governo está considerando cortar o orçamento esportivo em 18%. Gildas Huet teme não conseguir mais pagar seus cinco funcionários: "Se a cidade perder dinheiro do estado, seremos afetados."

Um mal-entendido também para atletas de alto nível. Mélina Robert-Michon, com sete participações olímpicas, foi a porta-bandeira da edição de 2024. Sua carreira está quase no fim, mas ela teme que a geração mais jovem não vivencie o que ela viveu: "Vimos o que o esporte nos trouxe e o quanto ele foi capaz de mudar nossas vidas, e queremos que ele possa mudar muitas outras vidas e que muitos atletas e muitas crianças possam se beneficiar de tudo isso. E para isso, precisamos de recursos."

Para o primeiro aniversário das Olimpíadas de Paris, a festa acabou. O ex-diretor dos Jogos, Tony Estanguet, até fez um desabafo : "Tenho muita dificuldade em entender esse tipo de decisão. Acredito que tudo demonstrou que o esporte é fundamental, muito útil para a sociedade, porque é um vetor de diversidade social, respeito, saúde e excelência."

O Ministério do Esporte representa um dos menores orçamentos do estado, 0,2%, e pode cair ainda mais.