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Tesla condenada a pagar US$ 242 milhões após acidente fatal

Tesla condenada a pagar US$ 242 milhões após acidente fatal
Um Tesla Model S estacionado em frente à Casa Branca em março passado (imagem ilustrativa).

Um Tesla Model S estacionado em frente à Casa Branca em março passado (imagem ilustrativa).

IMAGO/ABACAPRESS

A montadora americana Tesla foi considerada parcialmente responsável na sexta-feira por um acidente fatal na Flórida, EUA, em abril de 2019, envolvendo um de seus veículos, um Modelo S, equipado com a opção "Piloto Automático", de acordo com um advogado dos demandantes.

Um júri de oito membros decidiu, após um julgamento em um tribunal civil federal em Miami, conceder aos demandantes uma indenização total de US$ 328 milhões, disse à AFP Darren Jeffrey Rousso, do escritório de advocacia Rousso Boumel, que representou os detentores dos direitos.

Ele explicou que o júri havia estipulado a indenização da Tesla em US$ 200 milhões.

Os jurados também concederam US$ 59 milhões ao espólio de Naibel Benavides Leon e US$ 69 milhões ao seu namorado, Dillon Angulo, em indenização por danos morais e morais. Dois terços desse valor serão pagos pelo responsável pelo acidente e um terço pela Tesla.

Esses elementos foram confirmados pelo banco de dados de decisões judiciais dos tribunais federais americanos.

O grupo sediado em Austin, Texas, deverá pagar US$ 242 milhões, disse Darren Jeffrey Rousso.

"A justiça foi feita. O júri ouviu todas as evidências e chegou a um veredito justo e imparcial para nossos clientes", disse ele.

De acordo com o processo movido contra a Tesla em abril de 2021, o SUV Chevrolet Tahoe em que o casal viajava em 25 de abril de 2019, em Key Largo, Flórida, foi atingido em alta velocidade pelo Model S depois que o sistema de assistência ao motorista, Autopilot, não conseguiu detectá-lo.

A jovem, que tinha 22 anos na época de sua morte, foi arremessada a dezenas de metros de distância, continua a denúncia. Dillon Angulo ficou ferido, mas não há detalhes sobre seu estado de saúde disponíveis neste momento.

"O veredito de hoje está errado e apenas coloca a segurança automotiva em risco e ameaça os esforços da Tesla e da indústria (automobilística) para desenvolver e implementar tecnologias que salvam vidas", disse a montadora em um comunicado enviado à AFP.

Ele disse que pretende apelar "dados os erros e irregularidades legais significativos durante o julgamento".

O júri "concluiu que o motorista foi o grande responsável pelo trágico acidente", mas as evidências no caso "provaram que o motorista foi o único responsável porque estava em alta velocidade, com o pé no acelerador — o que desativou o piloto automático — enquanto tentava recuperar o telefone que havia deixado cair, e sem olhar para a estrada", argumentou a Tesla.

"Nenhum carro em 2019, e nenhum hoje, poderia ter evitado o acidente", insistiu o fabricante.

"É uma ficção inventada pelos advogados dos demandantes para culpar o carro quando o motorista — desde o primeiro dia — reconheceu e aceitou sua responsabilidade" pelo acidente, acrescentou.

20 Minutes

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