Por trás dos editais de licitação do RN, suspeitas de favoritismo e amadorismo

Marine Le Pen quer deixar claro: não está preocupada com o novo caso que ameaça a Revolta Nacional (RN) no Parlamento Europeu . Foi isso, aliás, que ela respondeu na quinta-feira, 3 de julho, à RTL, quando questionada sobre o relatório confidencial revelado pelo Le Monde e seus parceiros alemão e austríaco. "Eu não presidi este grupo, não fui secretária-geral deste grupo", disse ela, transferindo implicitamente a responsabilidade para os partidos aliados da RN, que ocupavam essas funções na época dos eventos pelos quais ela é acusada.
O relatório, que ainda não foi apresentado à Comissão de Controlo Orçamental do Parlamento Europeu, acusa o antigo grupo do RN na assembleia, Identidade e Democracia (ID), de ter atribuído indevidamente 4,3 milhões de euros desde 2019, quer na forma de concursos públicos fraudulentos, quer na forma de donativos a associações, considerados ilícitos pela instituição.
"Pode haver divergências administrativas com o Parlamento Europeu, tentaremos resolvê-las", minimizou Marine Le Pen, antes de reiterar a defesa do grupo de extrema direita – a auditoria das contas do grupo nos últimos cinco anos não revelou irregularidades – e situar a batalha na frente política. "Partio do princípio de que o Parlamento Europeu, que é um órgão político, vem travando uma guerra de trincheiras contra sua oposição há anos."
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Le Monde