Familiares de El Chapo cruzam fronteira dos EUA em aparente acordo com o governo Trump

Autoridades mexicanas disseram na quarta-feira que 17 familiares de líderes de cartéis de drogas cruzaram a fronteira para os Estados Unidos na semana passada como parte de um acordo entre um filho do ex-chefe do Cartel de Sinaloa e o governo Trump.

O secretário de Segurança mexicano, Omar García Harfuch, confirmou uma reportagem do jornalista independente Luis Chaparro de que familiares de Ovidio Guzmán López entraram nos EUA. Lopez, filho do chefe preso do Cartel de Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, foi extraditado para os EUA em 2023.

Entre os membros da família autorizados a entrar nos EUA estava a ex-esposa de Guzman, Griselda López Pérez.

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Em uma entrevista de rádio, García Harfuch disse que estava claro para as autoridades mexicanas que o acordo foi feito durante negociações entre Guzmán López e o governo dos EUA.

"É evidente que sua família está indo para os EUA por causa de uma negociação ou uma oferta que o Departamento de Justiça está fazendo a ele", disse García Harfuch.

Nenhum membro da família estava sendo perseguido pelas autoridades mexicanas.

Imagens de vídeo publicadas online na terça-feira pela emissora de rádio em espanhol Radio Formula mostram a família de Guzmán carregando bagagem enquanto aguardam o processamento na fronteira de Tijuana/San Diego. Eles teriam levado US$ 70.000 em dinheiro.

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A confirmação de García Harfuch ocorreu no mesmo dia em que o gabinete da procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciou que estava acusando vários líderes de cartéis de "narcoterrorismo" pela primeira vez desde que o governo Trump declarou vários cartéis como organizações terroristas estrangeiras.

"Deixem-me ser direto, aos líderes do Cartel de Sinaloa: vocês não são mais os caçadores, vocês são a caça", disse o procurador dos EUA, Adam Gordon, para o Distrito Sul da Califórnia. "Vocês serão traídos por seus amigos, perseguidos por seus inimigos e, no final, se encontrarão com seus rostos aqui em um tribunal no Distrito Sul da Califórnia."

Guzmán López, de 35 anos, também conhecido como "o Rato", é um dos quatro filhos de Guzmán, conhecidos como "Los Chapitos", que comandavam o Cartel de Sinaloa na ausência do pai. Em seu auge, o velho Guzmán foi um dos traficantes de drogas mais poderosos do mundo, transformando o Cartel de Sinaloa em uma força importante e um dos maiores grupos responsáveis ​​pelo influxo de drogas ilegais nos EUA.

Ele foi preso e extraditado para os EUA em 2017, condenado por tráfico de drogas e outros crimes. Ele está preso no Colorado.

A Associated Press contribuiu para esta reportagem.