Senado aprova decreto do governo sobre salário mínimo e vira lei

O Senado aprovou definitivamente o projeto de lei que autoriza o governo a emitir decretos legislativos para introduzir salários mínimos. Este projeto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, transformou o projeto de lei da oposição (assinado por Conte, Schlein, Bonelli, Fratoianni, Richetti e Magi) em um projeto de lei delegado que visa introduzir diretamente um salário mínimo na legislação italiana. A maioria votou "sim", enquanto 52 votaram "não".
"A lei que autoriza o salário mínimo não é a resposta que os trabalhadores esperavam. Para restaurar a dignidade do trabalho, precisamos de uma lei que apoie os acordos interconfederativos e a Lei Consolidada de Representação, fortalecendo assim a negociação coletiva e combatendo o dumping contratual." A declaração foi feita pela secretária confederal do UIL, Vera Buonomo.
"Esta é uma lei fraudulenta para os trabalhadores, uma ferramenta de propaganda sem absolutamente nenhum impacto na dinâmica salarial. Uma ilusão útil para a campanha eleitoral, mas inútil para os trabalhadores. Quatro milhões deles recebem salários de fome: com a introdução de um salário mínimo, poderíamos ter aumentado seus salários, mas a hipocrisia da maioria e do governo não tem limites. A lei de habilitação, que distorce o texto original apresentado conjuntamente pela oposição em Montecitorio, abandona homens, mulheres e jovens à sua própria sorte. Uma vergonha pela qual jamais votaremos." A declaração foi feita pelo vice-presidente da 10ª Comissão do Senado, Orfeo Mazzella (M5S).
"A medida que estamos debatendo hoje atinge o cerne da nossa vida civil: a indenização trabalhista, uma condição que garante a dignidade de cada cidadão, a liberdade de planejar o futuro e a estabilidade das famílias. É uma medida que reconhece a centralidade do trabalho e reafirma um princípio claro: nenhum trabalhador na Itália deve ser pago indignamente. É claro que muito dependerá dos decretos de implementação, mas a direção tomada é a correta", disse a senadora Daniela Ternullo, da Forza Italia.
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