Israel e Hamas finalizaram a troca de reféns e corpos na primeira fase da trégua

O Hamas entregou os corpos de quatro israelenses mortos na quarta-feira, enquanto Israel libertou 600 reféns palestinos , na troca final da primeira fase da trégua em Gaza.

O gabinete de Benjamin Netanyahu confirmou o recebimento dos caixões de "quatro reféns mortos" e observou que o processo de identificação dos restos mortais, que se acredita pertencerem a Shlomo Manzur, Itzik Elgert, Tzahi Idan e Ohad Yahalomi , havia começado.

Paralelamente, em Ramallah , área da Cisjordânia ocupada, os palestinos libertados chegaram de ônibus e foram recebidos por uma multidão. Vestidos com cachecóis e jaquetas tradicionais kufiya para cobrir seus uniformes de prisão, eles passaram por exames médicos depois de descer dos ônibus.

Esta foi a mais recente troca de reféns entre Israel e o Hamas. Isso estava previsto no acordo de trégua intermediado pelo Catar, Egito e Estados Unidos, que entrou em vigor em 19 de janeiro deste ano e terminará após 42 dias.

A primeira fase do cessar-fogo terminará no sábado, 1º de março. No entanto, as partes ainda precisam negociar diretrizes para a segunda fase , que encerraria a guerra e completaria a libertação dos 60 reféns ainda mantidos em Gaza.

Neste período inicial de seis semanas, um total de 25 reféns e oito corpos foram devolvidos a Israel. Em troca, o Estado hebreu concordou em libertar 1.900 prisioneiros palestinos em suas prisões.

Os últimos contratempos no acordo de trégua

Após a libertação dos reféns, durante a qual um deles cumprimentou seus sequestradores com um beijo na testa, o governo de Netanyahu exigiu que a próxima entrega fosse feita "de acordo com as exigências israelenses" e " sem nenhuma cerimônia do Hamas ".

Mais cedo, durante a entrega de outros quatro corpos, incluindo os das crianças Ariel e Kfir Bibas , os caixões foram exibidos ao lado de uma foto do primeiro-ministro israelense com dentes de vampiro.

Diante dessas situações, descritas por Tel Aviv como "cerimônias humilhantes" e condenadas pela ONU e pela Cruz Vermelha, Netanyahu suspendeu a libertação dos 600 palestinos que aconteceria no último sábado. Eles foram finalmente liberados na quarta-feira à noite.

LM/ML