Pérez-Reverte explode: "Que haja idiotas que se alegrem com o incêndio na mesquita de Córdoba..."

O incêndio que deflagrou na última sexta-feira na mesquita de Córdoba, que acabou afetando 25 metros quadrados dos 23.000 metros quadrados que ela ocupa, gerou comentários lamentáveis nas redes sociais, com alguns usuários afirmando estarem satisfeitos com o ocorrido.

O escritor Arturo Pérez-Reverte reagiu duramente em sua conta oficial no X para denunciar esse tipo de comportamento. Sua mensagem foi: "O fato de haver idiotas nas redes sociais que comemoram o incêndio da mesquita em Córdoba mostra até que ponto fomos envenenados pela estupidez e pela má conduta neste país cada vez mais analfabeto."

Além disso, o jornalista de Cartagena aproveitou a oportunidade para esclarecer o nome do templo de Córdoba: "Bem, desculpem-me (ou não). Mas chamei a Mesquita-Catedral de Córdoba durante toda a minha vida, desde que pisei nela pela primeira vez, há sessenta anos, de Mesquita de Córdoba. Acredito que seja perfeitamente compatível (e justo). E pretendo continuar a fazê-lo."

O Conselho Islâmico de Córdoba

Além de Arturo Pérez-Reverte, o Conselho Islâmico também se manifestou, expressando sua "dor e preocupação" com o incêndio na mesquita de Córdoba e afirmando que é ainda "mais assustador do que ver o fogo" ver as pessoas expressando suas esperanças nas redes sociais de que o monumento "desapareça para sempre".

Em comunicado, esta organização muçulmana de Córdoba expressou seu "apoio e solidariedade" às forças de segurança e aos bombeiros que responderam "de forma rápida e eficaz ao incêndio", evitando "um desastre semelhante" ao ocorrido na Catedral de Notre Dame, em Paris.

"Ontem, muitos de nós assistimos com pesar enquanto as chamas subiam pelo telhado, e acompanhamos as notícias até o anúncio de sua extinção", diz o Conselho Islâmico, que espera que a integridade do templo possa ser restaurada e protegida em breve "com todos os recursos necessários".

Também tivemos que ler nas redes sociais que havia pessoas, felizmente poucas, que, demonstrando sua ignorância e intolerância, se parabenizavam pelo ocorrido e desejavam que o prédio desaparecesse para sempre. Isso é ainda mais assustador do que ver o incêndio dentro da mesquita", acrescentou.

O Conselho Islâmico lamenta o que considera ser a "cegueira ideológica e ultrapassada" dessas pessoas, que "as impede de ver que naquele edifício, durante muitos séculos, as pessoas sempre rezaram ao Deus Único de todos os crentes".