Novo pacote de sanções da UE contra a Rússia: importações de gás devem parar um ano antes

De acordo com o plano original, o fluxo de gás russo para a Europa deveria cessar até o final de 2027/início de 2028. Agora, esse prazo foi antecipado. O novo prazo é 1º de janeiro de 2027, escreve a chefe de política externa da CE, Kaja Kallas.

A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia, ainda precisa obter o apoio de todos os 27 Estados-membros. Isso pode ser difícil, já que a Eslováquia e a Hungria são notórias causadoras de problemas. Esses países ainda são mais dependentes da energia russa do que outros Estados-membros. A Eslováquia concordou relutantemente com o pacote de sanções anterior , apresentado em julho.

O novo pacote não se limita ao gás. O sistema de pagamento Mir, semelhante ao Mastercard e Visa russos, também está sendo sancionado. Além disso, a evasão financeira por meio de criptomoedas, por exemplo, deve ser combatida. Vários outros bancos também enfrentarão sanções.

A lista de sanções também inclui indivíduos e empresas "que prestam apoio ao complexo militar-industrial russo", escreve Kallas. Segundo a CE, a Rússia deve ser excluída do acesso a "tecnologias-chave", especialmente drones.

É impressionante que as sanções não sejam direcionadas apenas à Rússia. Comunicados de Kallas e da Comissão Europeia também abordam "países terceiros". Kallas menciona especificamente a China e a Índia.

"Estamos visando refinarias, comerciantes de petróleo e empresas petroquímicas em países terceiros, incluindo a China", diz uma declaração da presidente da CE, Ursula von der Leyen. A Comissão também quer expandir a proibição de exportação para a Rússia para incluir certos produtos químicos e componentes metálicos.

Segundo Von der Leyen, a Europa está preparada para um corte total no fornecimento de gás. "Os europeus estarão seguros neste inverno." Ela também observa que as sanções estão surtindo efeito. "A superaquecida economia de guerra da Rússia está chegando ao limite. Ainda mais interessante é que, quando falamos com parceiros que têm contato com a Rússia, eles indicam que um dos primeiros pedidos da Rússia é o alívio das sanções."

A UE gastou mais em importações de GNL da Rússia no primeiro semestre deste ano (€ 4,5 bilhões) em comparação com o primeiro semestre de 2024 (€ 3,5 bilhões).

Na Holanda, as importações de GNL via Rússia aumentaram acentuadamente novamente no ano passado, após anos de quedas acentuadas desde a invasão da Ucrânia em 2022. Em 2024, esse volume chegou a quase 2 bilhões de metros cúbicos, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística dos Países Baixos (CBS). Isso representou aproximadamente 70% a mais do que no ano anterior. O GNL russo, portanto, representou aproximadamente 9% do total das importações holandesas de gás natural liquefeito.

Os EUA são o principal fornecedor de GNL para a Holanda. A proibição acelerada de importação também foi um pedido do presidente americano, Donald Trump.

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