Milissegundo

A última terça-feira foi um dos dias mais curtos de todos os tempos. Para ser mais preciso: 1,25 milissegundo a menos que as 24 horas habituais. Então, em vez de 86.400 segundos, esta terça-feira sinuosa agora teve apenas 86.399,9875. Há cientistas estudando isso seriamente. Acho que seria terrível se mais tarde descobrisse que, como cientista, você errou meio milissegundo em 2025. Toda a sua carreira estaria arruinada.

Por que o mundo gira mais rápido? Talvez seja por causa da abundância de incêndios florestais globais. Talvez seja porque a Terra ficou um pouco mais leve graças às muitas árvores cremadas. Ou talvez seja porque o povo de Gaza perdeu milhares de quilos. Talvez seja por causa do Ozempic nos foguetes israelenses. Talvez seja por isso que aqueles moradores de Gaza parecem tão em forma.

Falando em fome: na quinta-feira passada, o jornal De Telegraaf publicou um anúncio de pessoas confusas que querem que o nosso decidido governo Schoof seja gentil com o pobre Israel. Este grupo de lobby de direita alega, entre outras coisas, que o Hamas usa a fome como arma para demonizar Israel. Engraçado? Acho que sim. E talvez eles tenham razão. Quem sabe, talvez os alemães também tenham sido retratados de forma negativa durante a Segunda Guerra Mundial por todo tipo de imagens photoshopadas da fome nos campos de concentração. Culpa dos Aliados.

Preciso tomar cuidado com as palavras, porque, antes que você perceba, sou antissemita. Pelo menos aos olhos do líder liberal Dilan Yesilgöz, que então alardeará isso às pressas no X. Posso dizer do fundo do meu coração reparado que não sou, mas certamente tenho o direito de reagir com indignação a esses crimes de guerra declarados do nosso alegre Bibi? O genocídio que o mundo inteiro está testemunhando e sobre o qual ninguém está fazendo nada?

Não, não me esqueci de 7 de outubro de 2023. E sei que foi quando o Hamas começou. Mas será que isso é verdade? Ou a guerra já durava muito mais tempo? Tipo, setenta e cinco anos, por exemplo. Mas se me chamassem de antissemita, lançaria uma música sobre essa situação de partir o coração. Com Douwe Bob na guitarra.

Em nosso país, só o louco Geert e o SGP ainda apoiam cegamente o Israel surdo. Talvez fosse uma boa ideia que os religiosos do SGP começassem a ouvir suas esposas excluídas, que sem dúvida olham com mais compaixão para as crianças famintas. Pelo menos com olhos maternais cheios de lágrimas. Talvez elas devessem participar do governo por um tempo. Ou pelo menos ter voz naquele partido medieval. Essas mulheres sabem: Deus não quer isso. Qual deus? Qualquer deus. O meu, pelo menos. Enquanto isso, o deus delas também está mortificado.

Assim como o charlatão do Jumbo, Fritske van E., que agora sabe o que o tribunal de Groningen pensa dele. E isso não é nada bonito de se ver. Segundo os juízes, ele precisa de alguns meses para refletir. Van E., é claro, recorrerá. Mas isso será mais um adiamento do que um cancelamento.

Talvez até lá eles estejam dividindo a cela com mais criminosos, e ele acabe atrás das mesmas grades que aquele vendedor de carros usados, Theo. Theo é o homem com quem Fritske se deu incrivelmente bem por anos. O homem que ocasionalmente lhe dava uma tonelada de dinheiro lavado. "Guarda isso no congelador, Fritske!"

Talvez seja uma boa ideia que este casal, depois de cumprirem as suas penas, lidere o novo Vitesse. Fritske entraria então ocasionalmente na sala de reuniões de Arnhem com um saco plástico Jumbo cheio de notas congeladas para contratar um avançado russo. Depois de todos estes anos, não pestanejariam mais em Arnhem. Será que o Vitesse seria então patrocinado pelo Jumbo? Com as suas cores amarelo e preto, seria uma boa combinação. Só há um problema: o Jumbo deixaria de existir. Tal como o Vitesse, teria entrado em colapso devido a uma má gestão financeira. Acho isso triste para o Vitesse e para os seus apoiantes. Algumas coisas simplesmente não deveriam desaparecer. Como a Palestina. Ou prefere falar sobre esse milésimo de segundo?