Ouro brilha na sombra das tensões comerciais entre EUA e China

Os preços do metal precioso registraram um aumento semanal de 3%. Antes do início das negociações, o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu a possibilidade de impor tarifas de 80% sobre produtos chineses, ao mesmo tempo em que pedia que Pequim abrisse seu mercado mais amplamente aos produtos americanos.
As negociações, que devem começar no sábado em Genebra, serão lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Segundo pessoas envolvidas nos preparativos, o lado americano busca reduzir as tarifas atuais para menos de 60%, contando com um gesto recíproco de Pequim. Se houver um avanço durante as negociações de dois dias, os cortes de tarifas poderão entrar em vigor já na semana que vem.
A guerra comercial em curso iniciada pelo novo governo em Washington foi um dos principais fatores que impulsionaram o aumento de 27% nos preços do ouro neste ano, que atingiram o recorde de US$ 3.500 a onça no mês passado. Embora qualquer flexibilização da postura dos EUA possa reduzir a demanda por ouro como um ativo de refúgio seguro, os preços ainda são sustentados pelas compras do banco central e pelo crescente interesse de investidores de varejo chineses.
Os preços do ouro subiram 0,9% na sexta-feira, para US$ 3.336,18 a onça. A taxa de câmbio do dólar enfraqueceu, com seu índice caindo 0,3%, de acordo com dados da Bloomberg. Outros metais preciosos também apresentaram ganhos, incluindo prata, platina e paládio.
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