Atleta de futsal diz que conseguiu independência financeira com site de conteúdo adulto: 'Faturo em torno de R$ 55 mil por mês'
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Marcela Soares, atleta de futsal, diz que lucra cerca de R$ 55 mil mensais em plataforma de conteúdo adulto — Foto: Reprodução/Redes sociais
Uma jogadora de futsal afirma que passou a ganhar cerca de 100 vezes mais por mês como criadora de conteúdo adulto do que como atleta em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do RS, onde atuou até o final de 2023.
A atleta é a gaúcha Marcela Soares, de 21 anos. Nascida em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre, hoje ela mora em Itajaí (SC).
"Em média, recebia R$ 500 por mês para treinar. Hoje faturo 100 vezes mais, em torno de R$ 55 mil, dependendo do mês", diz.
Segundo a atleta, a inscrição na plataforma adulta foi uma forma de atingir independência financeira.
"Financeiramente o esporte nunca foi positivo, sempre joguei por amor, porque gosto de estar em quadra, futsal é uma paixão que tenho. Como o esporte não dava condições financeiras, decidi me cadastrar no Privacy", completa.
De acordo com um representante da atleta, Marcela sofreu com uma lesão em julho de 2023 e, quatro meses depois, teria sido desligada do clube, o qual preferiu não citar o nome. No entanto, a reportagem apurou que se trata do Celemaster Uruguaianense.
Segundo a atleta, o clube não informou o motivo do suposto desligamento, mas ela acredita que tenha sido por estar ligada à plataforma de conteúdo adulto. Conforme o representante, Marcela criou o perfil no Privacy na época em que entrou no time, em março de 2023.
O clube nega a versão. André Malfussi, treinador do time, afirma que Marcela "saiu em dezembro, poucos dias antes das outras atletas, porque quis ir embora".
Em entrevista ao g1, a atleta diz que "nunca foi comunicada formalmente" do motivo do desligamento e que, na verdade, sofreu um boicote.
"A decisão nunca foi comunicada formalmente dessa forma. Nesses casos, tudo é feito de forma velada, né? Mas, nos bastidores, era nítido que a decisão estava ligada à minha plataforma +18. Primeiro começaram a me boicotar, a me dar menos apoio do que tinha e a me excluir das atividades. Ouvia críticas, piadinhas, comentários negativos e até avisos. Nas entrelinhas, as atitudes estavam ligadas aos meus conteúdos".
Atualmente, Marcela se recupera de uma lesão sofrida durante um treino e pensa sobre a volta ao futebol de salão.
"Estou em recuperação e devo retomar minhas atividades do dia a dia em um mês, ainda sem previsão de voltar ao esporte. Não fecho as portas para o futsal, mas só volto se for num ambiente que respeite minhas escolhas", afirma.
Segundo ela, além de ser financeiramente mais lucrativa, a produção de conteúdo adulto a ajudou a "se valorizar e viver do jeito que acredita".
"Tenho muito orgulho da minha história como jogadora. Ao mesmo tempo, quero continuar com meu conteúdo adulto. Me encontrei ali. Me sinto livre, dona de mim e do meu tempo. Me sinto valorizada, respeitada e posso ser quem eu quero. Hoje eu vejo que sou mais que uma atleta ou criadora, sou uma mulher que aprendeu a se valorizar e a viver do jeito que acredita", comenta.

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