Procura pela Comporta dispara preços das casas de luxo

A procura por casas de luxo junto à praia em Portugal tem vindo a intensificar-se no verão, levando a um aumento da oferta, mas também dos preços. Uma das zonas mais requisitadas é a Comporta, no município de Alcácer do Sal, e que de acordo com Ruben Marques, porta-voz do ‘idealista’ tem-se tornado um destino “muito procurado por compradores nacionais e internacionais com elevado poder de compra”.
Este cenário tem vindo a impulsionar o preço médio das habitações de luxo nas regiões envolventes, como é o caso de Grândola, que no segundo trimestre atingiu os 2,7 milhões de euros, num aumento homólogo de 11%, tendo verificado uma subida de 3,7% face ao trimestre anterior.
No trimestre em análise, o valor médio do m2 atingiu os 4.654 euros em Grândola, e que segundo o porta-voz sugere uma valorização do mercado imobiliário, “possivelmente impulsionada pela crescente procura por imóveis de alto padrão”. De resto, até 1 de julho, estavam à venda no distrito de Setúbal 228 habitações com um valor superior a um milhão de euros, representando 9,4% de toda a oferta nacional.
No caso da Comporta a crescente procura por propriedades de elevado valor tem de acordo com Ruben Marques contribuído para a valorização do mercado imobiliário local, “tanto diretamente, pelo impacto dos preços dessas propriedades de luxo, como indiretamente, pela pressão que exerce sobre o mercado habitacional em geral”.
Além de Grândola contam-se mais nove municípios junto ao mar onde o preço médio das casas de luxo supera os dois milhões de euros, como são os casos de Cascais, Lisboa, Loulé, Almada, Oeiras, Lagos, Alcácer do Sal, Sesimbra e Albufeira. Só entre abril e junho, foram contabilizadas mais de 14 mil moradias de luxo à venda junto ao mar, uma oferta 10% superior face à registada no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, a oferta de moradias de luxo à venda subiu em 31 dos 44 concelhos, com os maiores aumentos anuais a serem registados em Santa Cruz (+91%) e Funchal (+85%), sendo que em 10 concelhos as casas de luxo ficaram, pelo menos, 10% mais caras, como por exemplo Óbidos (+28%), Sesimbra (+24%) e Póvoa de Varzim (+21%).
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