Tarifas. Negociações entre EUA e China estagnadas

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China estão estagnadas e que os líderes dos dois países devem intervir.
Questionado no canal Fox News sobre o estado das conversações para chegar a um acordo comercial, após a escalada de tarifas iniciada pelo Presidente norte-americano, Bessent disse que estão “um pouco estagnadas”, mas que haverá novos contactos “nas próximas semanas”.
O responsável afirmou que “a dada altura” haverá uma chamada telefónica entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, acrescentando que face à complexidade da questão, um avanço “vai exigir que ambos os lados comuniquem”.
“A relação entre os dois países é muito boa e tenho a certeza de que os chineses vão sentar-se à mesa quando o Presidente Trump der a conhecer as suas preferências”, afirmou.
O referido impasse nas negociações surge depois de os dois países terem chegado a uma trégua comercial, a 12 de maio, na Suíça, para baixar as suas tarifas durante três meses (os EUA de 145% para 30% e a China de 125% para 10%).
Recentemente, Washington impôs controlos sobre as vendas para a China de semicondutores avançados, uma medida criticada na quinta-feira pelo presidente executivo da Nvidia, Jensen Huang, como um risco para a competitividade dos EUA.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou também que o Governo dos EUA vai começar a revogar os vistos de estudantes chineses.
Bessent disse na mesma entrevista à Fox que os EUA estão perto de fechar vários “grandes negócios” e que não está preocupado com a batalha judicial sobre a autoridade de Trump para impor a política tarifária.
O Tribunal Internacional do Comércio suspendeu na quarta-feira as taxas globais anunciadas a 2 de abril e anteriormente contra o Canadá, o México e a China, mas outro tribunal desbloqueou-as na quinta-feira enquanto os juízes analisam os recursos apresentados pelo Governo.
“Não assistimos a uma mudança de atitude nas últimas 48 horas, de facto, tenho uma grande delegação japonesa no meu gabinete amanhã de manhã”, afirmou.
observador