Afinal, tem até dezembro para pedir cheque de 750 euros para formação digital

Os trabalhadores vão ter mais tempo para pedir o cheque de formação digital, medida que dá até 750 euros para apoiar formação em áreas como cibersegurança ou marketing digital. Estava previsto que as candidaturas terminassem em setembro, mas o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) avançou ao ECO que o prazo foi prolongado por três meses, acabando, assim, no fim de dezembro.
“Atendendo ao bom nível de execução do Programa Emprego + Digital e da grande procura, por parte das empresas e dos seus trabalhadores, nas quatro medidas que o compõem (entre as quais, a medida Cheque Formação + Digital), por decisão de execução do Conselho Europeu, que altera a decisão de execução de 13 de julho de 2021 relativa à aprovação da avaliação do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, bem como da adenda PRR procedeu-se à extensão do prazo de concretização, do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2025, da execução da Meta 16.3“, explica fonte oficial do referido instituto.
Em resposta ao ECO, o IEFP acrescenta que, face à decisão de Bruxelas relativamente ao PRR, foram republicados os avisos de abertura dos concursos das medidas de formação profissional que integram o Programa Emprego + Digital 2025, alterando-se, assim, os prazos das candidaturas de 30 de setembro até 31 de dezembro deste ano
Anunciado no verão de 2023 ainda pelo Governo de António Costa, o cheque de formação digital é uma medida que visa apoiar o “desenvolvimento de competências e qualificações no domínio digital dos trabalhadores” através da atribuição de um apoio de 750 euros (financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência) a quem fizer formação em áreas como cibersegurança ou marketing digital.
Este cheque destina-se a todos os trabalhadores “independentemente do vínculo”, isto é, sejam eles dependentes de uma entidade empregadora, independentes, empresários em nome individual ou sócios de sociedade unipessoais. O cheque de formação digital abrange tanto programas presenciais, como remotos ou mistos.
As candidaturas (que devem ser feitas online) arrancaram a 8 de setembro de 2023 e até ao final de 2024 tinham sido abrangidos 2.227 pessoas por esta medida, de acordo com o IEFP. O ECO pediu um balanço mais atualizado, mas o instituto indicou que tal só será possível após o fim das candidaturas.
Ainda assim, em declarações ao ECO, por exemplo, a Code for All_ — uma das escolas nas quais os trabalhadores têm “investido” este cheque — adianta que a procura “tem vindo a crescer, mês após mês“.
“Esta medida tem sido particularmente bem recebida pelos nossos alunos“, assinala o CEO, João Magalhães. No caso da Code for All_, os cursos mais procurados, no âmbito desta medida do IEFP, têm sido os relacionados com a aplicação da inteligência artificial no “dia a dia profissional”, indica ainda ao ECO esta escola.
Importa explicar que o formando tem de pagar à partida a formação e só depois recebe o apoio do IEFP (até 30 dias após o pedido de encerramento).
Conforme escreveu o ECO, essa mecânica tem afastado os candidatos desta medida, mas o IEFP já esclareceu que o formando pode fazer a candidatura antes de iniciar a formação e esperar pela resposta do instituto antes de fazer o investimento, de modo a garantir que terá mesmo direito ao apoio finda a ação formativa.
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