Coreia do Norte rejeita meta dos EUA de retomar negociações de desnuclearização, enquanto Pyongyang e Moscou fortalecem laços
SEUL, Coreia do Sul — A poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un rejeitou a intenção dos EUA de retomar a diplomacia sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, dizendo na terça-feira que o Norte se opõe terminantemente a qualquer tentativa de negar sua posição como um estado com armas nucleares.
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Em seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, gabou-se de seus laços pessoais com Kim Jong-un e expressou a esperança de retomar a diplomacia nuclear entre ambos. A diplomacia de alto risco entre os dois países, em 2018-19, se desfez devido a disputas sobre as sanções impostas pelos EUA contra a Coreia do Norte. Desde então, Kim realizou testes de armas para modernizar e expandir seu arsenal nuclear.
Em uma declaração divulgada pela mídia estatal, Kim Yo Jong disse que não nega que o relacionamento pessoal entre seu irmão e Trump "não seja ruim". Mas ela disse que, se suas relações pessoais servirem ao propósito da desnuclearização da Coreia do Norte, a Coreia do Norte as veria como "nada além de uma zombaria".
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Ela disse que vale a pena considerar que o ano é 2025, não 2018 ou 2019 — que foi durante o primeiro mandato de Trump — e qualquer tentativa de negar a Coreia do Norte como um estado com armas nucleares seria rejeitada.
"Se os EUA não aceitarem a realidade alterada e persistirem no passado fracassado, a reunião RPDC-EUA permanecerá como uma 'esperança' do lado americano", disse Kim Yo Jong, referindo-se ao seu país pelo seu nome oficial, República Popular Democrática da Coreia.
Ela disse que estava respondendo a comentários de uma autoridade americana de que Trump estaria aberto a negociações sobre a desnuclearização. Ela provavelmente se referia a um artigo publicado no sábado pela agência de notícias Yonhap, que citou um funcionário não identificado da Casa Branca dizendo que Trump "continua aberto a dialogar com o líder Kim para alcançar uma Coreia do Norte totalmente desnuclearizada".
Enquanto isso, no domingo, uma ligação aérea regular entre Moscou e Pyongyang foi iniciada, uma medida que reflete laços cada vez mais estreitos entre os dois países.
O primeiro voo operado pela companhia aérea russa Nordwind decolou do aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, transportando mais de 400 passageiros. O Ministério dos Transportes da Rússia informou que haverá um voo por mês para atender à demanda.
A Coreia do Norte vem flexibilizando gradualmente as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras em fases. Mas o país não informou se retomará totalmente o turismo internacional.
Os voos regulares entre a cidade portuária de Vladivostok, no leste da Rússia, e Pyongyang foram reabertos em 2023 após uma interrupção causada pela pandemia do coronavírus.
A Rússia e a Coreia do Norte expandiram drasticamente os laços militares e de outros tipos nos últimos anos, com Pyongyang fornecendo armas e tropas para apoiar a ação militar da Rússia na Ucrânia.
Especialistas disseram anteriormente que a Coreia do Norte só estaria interessada em negociações sobre uma rendição parcial de sua capacidade nuclear em troca de alívio de sanções e outros benefícios, mantendo ao mesmo tempo algumas de suas armas nucleares.
National Post
