Trump 'não está preocupado' com China e Rússia formando eixo contra os EUA

Donald Trump minimizou preocupações de que o aprofundamento dos laços entre China e Rússia represente uma ameaça aos Estados Unidos, apontando para o poderio militar incomparável de Washington.
Questionado em uma entrevista de rádio na terça-feira se ele estava preocupado com a formação de um eixo China-Rússia contra os EUA, o presidente americano disse que não.
“Temos o exército mais forte do mundo, de longe”, disse Trump ao analista conservador Scott Jennings.
"Eles jamais usariam seus militares contra nós. Acredite, isso seria a pior coisa que poderiam fazer."
Trump, que fez campanha prometendo pôr fim rapidamente à guerra de Moscou na Ucrânia, também expressou decepção com o presidente russo Vladimir Putin por seu fracasso em chegar a um acordo de paz com Kiev.
“Estou muito decepcionado com o presidente Putin, posso dizer isso, e faremos algo para ajudar as pessoas a viver”, disse Trump.
"Não se trata da Ucrânia. Trata-se de ajudar as pessoas a viver."
Os comentários de Trump ocorrem no momento em que China e Rússia intensificam a cooperação para apresentar uma visão alternativa à ordem internacional liderada pelo Ocidente.
Falando na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) em Tianjin, na China, no início desta semana, o presidente chinês Xi Jinping e Putin se revezaram para fazer críticas ao que eles veem como domínio indevido de Washington na arena global.
Na quarta-feira, Putin compareceu ao maior desfile militar da China, realizado para marcar o 80º aniversário da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, um evento amplamente visto como parte dos esforços de Xi para demonstrar a crescente influência de Pequim no cenário internacional.
Falando a repórteres na Casa Branca na terça-feira, Trump rejeitou sugestões de que o desfile deveria ser visto como um desafio aos EUA.
“Não vejo isso de jeito nenhum, não”, ele disse.
“Tenho um relacionamento muito bom com o presidente Xi, como você sabe, mas a China precisa muito mais de nós do que nós precisamos deles.”
Al Jazeera