Huawei lança segundo smartphone tríptico por US$ 2.500 em busca de consolidar retorno

A Huawei lançou na quinta-feira a segunda geração de seu smartphone tríptico, enquanto a gigante chinesa de tecnologia busca consolidar seu retorno ao mercado doméstico e voltar a atuar no exterior.

A empresa de tecnologia com sede em Shenzhen revelou os Huawei Mate XTs, que começa em 17.999 yuans chineses (US$ 2.520) e vai até 21.999 yuans para o modelo com maior memória.

Smartphones dobráveis ​​geralmente têm uma dobradiça que permite ao usuário dobrá-los ao meio. O Mate XTs da Huawei é chamado de trifold — o que significa que possui duas dobradiças que permitem que seja dobrado em dois pontos. O telefone se transforma em um dispositivo semelhante a um tablet quando aberto.

A Huawei foi pioneira no conceito no ano passado, quando lançou o Mate XT , o primeiro dispositivo desse tipo. O produto estreou inicialmente na China, antes de chegar a mercados internacionais selecionados no início deste ano.

A empresa espera que os Mate XTs ajudem a manter o impulso que ela reacendeu no mercado chinês de smartphones desde o final de 2023.

A participação de mercado da Huawei na China saltou para 18% no segundo trimestre, contra 15% no mesmo período do ano passado, e a empresa agora é a maior fornecedora de smartphones na China, segundo dados da Counterpoint Research. Na categoria de telefones dobráveis ​​chineses, a Huawei domina com 75% de participação de mercado, de acordo com a International Data Corporation (IDC).

A Huawei vendeu 470.000 unidades do dispositivo Mate XT desde o lançamento até o final do segundo trimestre deste ano, gerando mais de US$ 1,3 bilhão em receita, acrescentou a IDC.

"O desempenho é bastante forte considerando que é um dos smartphones mais caros disponíveis e isso mostra que há uma demanda por algo inovador", disse Francisco Jeronimo, vice-presidente de dispositivos da IDC, à CNBC.

A Huawei busca mostrar que ainda consegue inovar, após seu negócio de smartphones ter sido prejudicado em 2020 pelas sanções dos EUA que a impediram de desenvolver softwares e chips essenciais . Desde então, a Huawei desenvolveu seu próprio sistema operacional e conseguiu fabricar alguns chips menos avançados na China para seus dispositivos mais recentes, permitindo seu retorno.

Ainda assim, a participação de mercado da Huawei continua pequena fora da China, pois enfrenta uma série de desafios .

Os Mate XTs da Huawei rodarão o HarmonyOS 5.1, a versão mais recente do sistema operacional da empresa.

A empresa está posicionando o aparelho como um dispositivo focado em produtividade e trará aplicativos de nível de PC otimizados para a tela tripla do smartphone.

Assim como em um PC, os usuários podem empilhar, redimensionar e mover diferentes janelas na tela grande do telefone.

O telefone estará disponível em quatro cores e contará com uma bateria de 5.600 miliamperes-hora (mAh), que é relativamente grande em relação aos dispositivos atuais no mercado.

Para atrair compradores, a Huawei está oferecendo pelo menos 50% de desconto na substituição de telas, além de dois agendamentos gratuitos para fazer a manutenção do telefone em casa ou no local de sua preferência.