Ofensiva global contra fraudes online: açoites, bloqueios de telecomunicações e mega-operação policial.

Singapura intensifica a repressão: golpistas recebem açoitamento.
Singapura introduz punição com varas para fraudadores online, gigantes britânicas de telecomunicações prometem bloquear chamadas fraudulentas e investigadores internacionais desmantelam uma rede de criptomoedas avaliada em 600 milhões de euros. Uma semana dramática demonstra que a luta contra o crime digital está a atingir um novo patamar de intensidade.
O que esses três eventos têm em comum? Eles marcam um ponto de virada na luta global contra a fraude online – deixando de lado a simples punição de indivíduos e passando a responsabilizar as plataformas e impor punições mais severas aos criminosos. As ações coordenadas desta semana sinalizam que governos e empresas finalmente estão levando a sério a ameaça de um trilhão de euros.
A cidade-estado está endurecendo drasticamente suas leis penais. O Parlamento aprovou uma emenda esta semana que pune fraudadores online com chibatadas – uma medida impensável em democracias ocidentais. Homens com menos de 50 anos agora enfrentarão pelo menos seis chibatadas e, em casos graves, até 24.
As medidas mais rigorosas também visam os chamados "laranjas" — indivíduos que fornecem suas contas bancárias ou cartões SIM para atividades fraudulentas. Eles podem ser punidos com até 12 chibatadas. Por que tanta severidade? A fraude agora representa aproximadamente 60% de todos os crimes relatados em Singapura.
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Os números são alarmantes: entre 2020 e meados de 2025, os cidadãos perderam mais de 3,7 bilhões de dólares de Singapura – aproximadamente 2,4 bilhões de euros – em cerca de 190 mil casos de fraude. O governo espera que as penalidades drásticas dissuadam tanto os criminosos locais quanto as quadrilhas internacionais.
Gigantes britânicas das telecomunicações: Fim dos identificadores de chamadas falsosEm 5 de novembro de 2025, as maiores operadoras de telefonia móvel britânicas – incluindo BT/EE, Virgin Media O2, Vodafone e Sky – assinaram um acordo histórico com o governo. A chamada Carta de Combate à Fraude nas Telecomunicações compromete o setor com medidas concretas contra chamadas e mensagens fraudulentas.
A promessa principal: em doze meses, a falsificação de números de telefone provenientes de call centers estrangeiros será eliminada. Nesse método, criminosos se fazem passar por organizações legítimas, como bancos ou órgãos governamentais, falsificando seus números de telefone. Essa tática também causa prejuízos de milhões de euros na Alemanha.
Lord Hanson, Ministro da Prevenção de Fraudes do Reino Unido, anunciou: "Em uma grande atualização de nossa rede móvel, eliminaremos a falsificação de identidade em um ano, privando assim os fraudadores de sua ferramenta mais importante." As operadoras de rede também planejam implantar tecnologias avançadas de rastreamento de chamadas para ajudar os investigadores a desmantelar redes de fraude domésticas.
Outro ponto da carta: assistência mais rápida para as vítimas. Até 2027, a maioria dos casos de fraude deverá ser processada em até 14 dias. Além disso, o intercâmbio de dados entre empresas de telecomunicações, bancos e empresas de tecnologia será intensificado – uma linha de defesa unificada contra os criminosos.
Operação internacional: rede de criptomoedas avaliada em 600 milhões de euros é desmantelada.A dimensão transfronteiriça das redes de fraude modernas é ilustrada por um caso divulgado pela agência de cooperação judiciária da UE, Eurojust, em 4 de novembro. Uma operação coordenada levou à prisão de nove suspeitos no Chipre, Espanha e Alemanha no final de outubro. Autoridades da França e da Bélgica também estiveram envolvidas.
A quadrilha é acusada de ter lesado vítimas em mais de € 600 milhões por meio de dezenas de plataformas falsas de criptomoedas. O esquema envolvia o uso de publicidade em redes sociais, notícias falsas e endossos de celebridades para atrair investidores a sites fraudulentos. Aqueles que depositaram dinheiro nunca mais o viram – os criminosos apagaram seus rastros usando a tecnologia blockchain.
Durante a operação, os investigadores apreenderam dinheiro em espécie, saldos bancários e criptomoedas. O caso demonstra que somente por meio da cooperação internacional é possível combater esses crimes digitais altamente complexos.
Tendência global: as plataformas têm uma responsabilidadeEsta semana destaca uma mudança de paradigma. Enquanto Singapura aposta em punições severas e o Reino Unido em soluções que abrangem toda a indústria, ambos os países perseguem o mesmo objetivo: tornar o ambiente digital menos propício à criminalidade.
Outros países estão seguindo o exemplo. Esta semana, a Comissão de Valores Mobiliários da Índia (SEBI) solicitou que as principais plataformas online exijam a verificação de anunciantes para coibir ofertas fraudulentas de investimento. Especialistas na Nova Zelândia defendem regras mais rígidas, inspiradas no sistema australiano, onde as empresas podem ser multadas em até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente 30 milhões de euros) caso não combatam adequadamente a fraude.
A mensagem é clara: as empresas de tecnologia e telecomunicações não podem mais servir de mera canalização para fraudadores. A era da autorregulamentação voluntária está chegando ao fim.
Perspectiva: IA como arma – em ambos os ladosOs próximos 12 a 24 meses mostrarão se as novas iniciativas são eficazes. A Carta Britânica de Telecomunicações estabelece um prazo claro de um ano para o bloqueio de chamadas internacionais falsificadas – uma meta mensurável. Outros países observarão atentamente se a punição corporal em Singapura realmente funciona como um fator dissuasor.
O futuro do combate ao crime será cada vez mais moldado pela inteligência artificial. Criminosos já estão usando IA para criar deepfakes enganosamente realistas e mensagens de phishing personalizadas em larga escala. A Carta do Reino Unido exige explicitamente que o setor também use IA para detectar e bloquear atividades suspeitas.
Além disso, é de se esperar um aumento da pressão regulatória sobre as redes sociais, lojas de aplicativos e mecanismos de busca. Eles serão obrigados a verificar proativamente os anunciantes e remover conteúdo fraudulento, transferindo o ônus financeiro e operacional da prevenção de fraudes para as próprias plataformas. Com perdas globais na casa dos trilhões, os governos têm poucas alternativas.
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