Bombeiros espanhóis lutam para conter incêndio em local da era romana

O esforço de combate ao incêndio enfrentou "muitas dificuldades" devido às altas temperaturas e ventos de até 40 quilômetros por hora (25 mph), disse o ministro regional do Meio Ambiente, Juan Carlos Suárez-Quiñones.

"Não permitiremos que as pessoas retornem até que a segurança em suas comunidades esteja absolutamente garantida", disse ele aos repórteres, estimando que cerca de 700 pessoas continuam deslocadas.

Quatro pessoas, incluindo dois bombeiros, sofreram ferimentos leves, acrescentou.

O incêndio começou no domingo perto de Las Medulas, Patrimônio Mundial da UNESCO, uma área de mineração de ouro romana famosa por sua impressionante paisagem vermelha no noroeste da Espanha.

As autoridades disseram que os danos ao local serão avaliados quando o incêndio estiver totalmente controlado.

O departamento de turismo do governo regional planeja uma avaliação técnica quando as condições permitirem.

A UNESCO descreve o local como "inquestionavelmente a área de mineração mais bem preservada e mais representativa de todas as áreas de mineração do mundo greco-romano nos tempos clássicos".

A Espanha está sob o efeito de uma onda de calor na semana passada, com temperaturas chegando a 40 graus Celsius (104 Fahrenheit) em muitas áreas e provocando incêndios florestais.

Somente a região noroeste de Castela e Leão registrou 13 incêndios nos últimos três dias, de acordo com Suarez-Quinones, que disse que acredita-se que alguns tenham sido provocados deliberadamente.

"Algumas podem ser explicadas por raios ou tempestades secas, mas outras só fazem sentido se forem intencionais", disse ele.

No vizinho Portugal, os bombeiros estavam combatendo três grandes incêndios florestais no centro e norte do país.

O maior deles, perto da cidade de Trancoso, está queimando desde sábado e está sendo combatido por mais de 650 bombeiros apoiados por seis aeronaves.