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Enviado dos EUA para o Oriente Médio visita locais de distribuição de ajuda em Israel, criticado por ataques que deixaram 850 mortos

Enviado dos EUA para o Oriente Médio visita locais de distribuição de ajuda em Israel, criticado por ataques que deixaram 850 mortos
O enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, visitou um centro de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza na sexta-feira, disse o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee.
"Esta manhã, juntei-me a Steve Witkoff (enviado da Casa Branca para o Oriente Médio) em uma visita a Gaza para descobrir a verdade sobre os centros de ajuda humanitária do GHF. Recebemos informações do exército israelense e conversamos com pessoas em campo. O GHF entrega mais de 1 milhão de refeições por dia — um feito incrível!", escreveu Huckabee na rede social X, em meio a críticas generalizadas ao novo sistema de distribuição de ajuda.
Ainda não foi revelado qual dos três locais que o GHF mantém em Rafah foi visitado por Witkoff e Huckabee.

Enviado dos EUA, Steve Witkoff, e Embaixador em Israel, Mike Huckabee Foto: Mídias sociais

Os três locais nesta cidade ao sul de Gaza são SDS1, no bairro noroeste de Tal al-Sultan, que está fechado há meses; SDS2, no bairro saudita (também no noroeste), onde pouco antes da chegada dos americanos, o exército israelense matou uma criança que esperava por distribuição de comida; e SDS3, no corredor militarizado de Morag.
O GHF também possui um quarto ponto de distribuição no centro de Gaza, perto do campo de refugiados de Bureij. O norte foi excluído do projeto, apesar de cerca de um milhão de pessoas estarem abrigadas na Cidade de Gaza.
No total, desde que esses pontos começaram a operar em 27 de março até 31 de julho, 1.373 palestinos morreram tentando obter alimentos tanto nos centros do GHF (859) quanto nas estradas onde esperavam por caminhões com ajuda humanitária (514), de acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU (ACNUDH).

Palestinos recebem ajuda humanitária em um ponto de distribuição em Gaza. Foto: AFP

As Nações Unidas rejeitaram esses pontos desde o início, afirmando que eles constituem uma "militarização" da ajuda humanitária, já que estão cercados externamente pelo Exército israelense e protegidos internamente por mercenários americanos.
Além dos tiroteios do lado de fora desses pontos de distribuição realizados pelo Exército, dentro dos centros os mercenários usam granadas de efeito moral para dispersar os palestinos, e os mercenários até abriram fogo contra a população.
A inspeção de Witkoff no local de distribuição ainda a ser determinado tem como objetivo "finalizar um plano para entregar mais alimentos", anunciou a porta-voz do governo republicano, Karoline Leavitt, na quinta-feira.

Enviado dos EUA, Steve Witkoff, e Embaixador em Israel, Mike Huckabee Foto: Mídias sociais

Antes da visita de Witkoff, a ONG Human Rights Watch (HRW) criticou duramente o sistema de distribuição de ajuda estabelecido por Israel e pelos Estados Unidos por meio do Fundo Humanitário de Gaza (GHF), que, segundo ela, havia se tornado uma "armadilha mortal" para os moradores de Gaza.

Um avião de transporte militar lança ajuda humanitária sobre o norte da Faixa de Gaza. Foto: AFP

Após quase 22 meses de uma guerra devastadora desencadeada por um ataque sangrento do movimento islâmico palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, a Faixa de Gaza enfrenta "fome generalizada", de acordo com a ONU, e depende inteiramente de ajuda humanitária.
Enquanto isso, a Defesa Civil em Gaza relatou que 11 pessoas foram mortas na sexta-feira por ataques aéreos e tiros israelenses, incluindo duas pessoas que estavam perto de um local do GHF esperando por ajuda.
Com informações da AFP e da EFE
eltiempo

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