O Dian está mirando empresas por supostamente emitirem notas fiscais falsas.

DIAN
Fonte: DIAN-Facebook Oficial
A Direção Nacional de Impostos e Alfândegas (DIAN) intensificou suas operações contra a sonegação fiscal e o uso de notas fiscais falsas na Colômbia nas últimas semanas. Segundo dados da agência, 2.270 potenciais fornecedores fictícios foram detectados após 8.626 inspeções em diferentes regiões do país.
A autoridade tributária explicou que esse resultado faz parte da estratégia nacional de auditoria que busca combater a emissão de notas fiscais sem comprovação real de bens ou serviços, prática que afeta a competitividade e a transparência do sistema tributário, prejudicando a capacidade do país de gerar receita.
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Da mesma forma, sustentaram que essas fiscalizações fazem parte de um processo de verificação técnica que visa apurar se os emissores de notas fiscais eletrônicas cumprem com os requisitos legais ou, ao contrário, integram esquemas simulados de sonegação. Afirmaram ainda que os contribuintes identificados podem ter praticado condutas previstas no artigo 671 do Código Tributário, que pune a criação ou utilização de fornecedores fictícios.
" Este artigo autoriza a autoridade tributária a declarar e sancionar quem emite notas fiscais sem transação econômica real. Nos últimos cinco anos, a entidade declarou 364 contribuintes como fictícios, dos quais 169 foram identificados entre janeiro de 2023 e outubro de 2025", afirmaram.

É necessário evitar erros nas declarações para não ser exigido pelo Dian.
Imagem ChatGPT
Nesse sentido, o diretor-geral interino da Dian, Luis Eduardo Llinás Chica, explicou que esse tipo de operação não só distorce a concorrência como também afeta as finanças públicas do país, deixando claro que "não é válido comprovar custos, despesas ou impostos dedutíveis com notas fiscais emitidas por pessoas físicas ou jurídicas declaradas fictícias. Incentivamos os contribuintes a verificar a autenticidade de suas contrapartes e denunciar irregularidades".
Além dos supostos fornecedores fictícios, a entidade está tomando medidas persuasivas contra 3.638 contribuintes que realizaram transações com essas empresas, instando-os a corrigir voluntariamente suas declarações de imposto de renda o mais rápido possível, antes que sanções formais sejam impostas. Essa ofensiva faz parte de uma política abrangente de controle da nota fiscal eletrônica que combina prevenção, monitoramento e sanções.
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"Na vertente preventiva, trabalhamos na detecção precoce de alertas e na educação dos contribuintes sobre boas práticas contábeis. Na fase de controlo, revisamos os padrões de emissão de faturas, a rastreabilidade das transações e a consistência entre receitas e despesas declaradas", indicaram.
Cabe acrescentar que, quando constatada fraude, a DIAN aplica as sanções correspondentes e publica a Lista Pública de Fornecedores Fictícios, disponível em seu site.

É necessário evitar erros nas declarações para não ser exigido pelo Dian.
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O comunicado também observa que esse trabalho está sendo realizado em coordenação com a Polícia Fiscal e Aduaneira (Polfa) e a Procuradoria-Geral da República, entidades que desmantelaram com sucesso diversas redes dedicadas à emissão de notas fiscais falsas por meio de empresas de fachada. Em um caso recente, a ação conjunta levou à prisão de 27 indivíduos e ao confisco de 40 propriedades, avaliadas em mais de US$ 27 milhões.
Por esse motivo, a DIAN reiterou que o uso de notas fiscais sem comprovação real constitui uma violação grave e pode resultar em processos administrativos, penalidades financeiras e consequências criminais. Instou as empresas a realizarem a devida diligência com seus fornecedores e a consultarem periodicamente a lista oficial de contribuintes declarados fictícios.
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Por fim, afirmaram que, com essas ações, a Receita busca fechar as oportunidades de sonegação e fortalecer a confiança na nota fiscal eletrônica, ferramenta que se tornou a pedra angular da modernização do sistema tributário colombiano, visto que "a transparência na emissão e no recebimento de notas fiscais é fundamental para proteger a arrecadação e a equidade tributária". DANIEL HERNÁNDEZ NARANJO
Jornalista de Portfólio
Portafolio