A Fundação San José anulou o diploma de Juliana Guerrero após verificar que ela sequer frequentou as aulas.
A Fundação San José, por meio de um comunicado à imprensa, voltou a abordar o caso Juliana Guerrero. Desta vez, a universidade anunciou que não encontrou nenhum registro da atividade acadêmica da ex-assessora do Ministério do Interior.
"Em particular, a análise do histórico acadêmico de Juliana Guerrero nos sistemas institucionais não apresentou nenhum registro de atividade acadêmica, participação em aulas ou avaliações na plataforma virtual, tanto no programa de Tecnologia em Contabilidade e Gestão Tributária quanto no programa profissional de Contabilidade Pública", afirmaram.
A instituição informou que iniciou processos criminais e disciplinares contra alguns executivos.

Esta foi a declaração da Fundação San José a respeito de Juliana Guerrero. Foto: Arquivo particular.
"Em 25 de setembro de 2025, a Fundação de Ensino Superior de San José informou o público sobre irregularidades detectadas no processamento do diploma acadêmico da estudante Juliana Guerrero. Consequentemente, a instituição iniciou os procedimentos criminais e disciplinares cabíveis contra alguns diretores e anunciou uma investigação interna para identificar as falhas que permitiram esse lamentável incidente", diz o comunicado.
A jovem, próxima ao governo de Gustavo Petro e indicada para o cargo de vice-ministra da Juventude no Ministério da Igualdade, enfrenta uma série de investigações por supostas irregularidades em sua formação acadêmica.
Ao tomar conhecimento das irregularidades no processamento do diploma acadêmico da estudante, a instituição iniciou os procedimentos criminais e disciplinares cabíveis, enquanto seu currículo foi removido das plataformas oficiais e sua nomeação foi suspensa até que os fatos sejam esclarecidos.

Juliana Guerrero e o presidente Gustavo Petro. Foto: Arquivo particular.
Na declaração, afirmam ainda que o Conselho de Administração da Universidade, após esgotar o devido processo disciplinar, decidiu por unanimidade anular os diplomas universitários correspondentes aos programas mencionados.
"Esta informação está sendo fornecida por nossa equipe jurídica às autoridades competentes, reiterando nosso compromisso com a colaboração e a transparência para o pleno esclarecimento dos fatos", afirmaram.
A ordem para a Fundação San José Há dois dias, o 13º Juizado Criminal Municipal com Função de Controle de Garantia de Bogotá, por meio de decisão de 31 de outubro de 2025, resguardou o direito fundamental de petição da Deputada Jennifer Pedraza e ordenou à Fundação Universitária San José que entregasse, em prazo máximo de 48 horas, as informações acadêmicas e documentais solicitadas sobre os diplomas de Guerrero.
O pedido foi feito pela congressista em 29 de agosto de 2025, solicitando comprovação de que a candidata a vice-ministra havia concluído os cursos de Tecnologia em Contabilidade e Gestão Tributária e Contabilidade Pública, visto que não há registro desses estudos no Sistema Nacional de Informação do Ensino Superior (SNIES). No entanto, a instituição se recusou a responder.

Foto de Jennifer Pedraza : Jennifer Pedraza
Em sua decisão, o Décimo Terceiro Juiz Criminal Municipal afirmou que a resposta fornecida pela Fundação foi “evasiva e não satisfaz os requisitos constitucionais do direito de petição”, especificando que diplomas e certificados de conclusão de curso devem ser considerados documentos públicos, especialmente quando permitem o exercício de uma profissão.
“As informações solicitadas dizem respeito a uma figura pública, como o (candidato a) Vice-Ministro da Juventude, e são necessárias para exercer um controle político e público efetivo sobre a idoneidade daqueles que assumem responsabilidades de alto nível no Governo Nacional”, enfatiza o juiz em sua decisão.
Apesar das controvérsias, Juliana Guerrero reiterou sua intenção de assumir o cargo de Vice-Ministra da Juventude. Foi noticiado que ela planeja prestar o exame Saber Pro em 8 de novembro, requisito que precisava cumprir para se formar.
María Alejandra González e Juan Diego Torres
Mesa de Política e Justiça
eltiempo

