Carney se reunirá com líderes mundiais presentes na Assembleia Geral da ONU

O primeiro-ministro Mark Carney deve se reunir com líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas na segunda-feira, após se juntar a outras nações no reconhecimento do estado palestino, enquanto a instituição enfrenta resistência do governo Trump devido aos esforços para condenar a turbulência no Oriente Médio.
O Reino Unido, a Austrália e Portugal juntaram-se ao Canadá no reconhecimento de um Estado palestino independente no domingo, antes que líderes de todo o mundo se reunissem em Nova York para a 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas esta semana. Espera-se que outras nações se juntem ao esforço coordenado internacionalmente.

Israel e o governo Trump condenaram a medida, dizendo que ela encorajará o Hamas — o grupo que liderou os ataques de 7 de outubro de 2023 — e tornará mais difícil negociar um cessar-fogo e a libertação de reféns.
Os Estados Unidos bloquearam diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU que exigem um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza e a libertação de reféns, alegando que elas não condenam o Hamas o suficiente. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, revogou os vistos do presidente palestino Mahmoud Abbas e de outras 80 autoridades antes da Assembleia Geral.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu respondeu ao Canadá e outros aliados dos EUA que reconheceram um estado palestino dizendo que isso "não acontecerá" e acusando os países de oferecer um "prêmio" ao Hamas.
Em uma declaração por e-mail no domingo à noite, o Departamento de Estado dos EUA disse que seu "foco continua na diplomacia séria, não em gestos performáticos".
“Nossas prioridades são claras: a libertação dos reféns, a segurança de Israel e a paz e a prosperidade para toda a região, o que só é possível sem o Hamas”, afirmou a Assessoria de Imprensa do Departamento de Estado. “Continuaremos trabalhando com nossos aliados e parceiros para atingir esses objetivos.”
