Turquia enfrenta 'verdadeiramente grande desastre', alerta Erdogan em meio a incêndios florestais violentos e temperaturas escaldantes

Zonas de desastre foram declaradas em duas províncias da Turquia, pois novos incêndios florestais ocorreram na costa do Mediterrâneo.

Fumaça subia pelo céu no popular resort de Antalya, com casas evacuadas no centro da cidade e em outros lugares.

Na cidade vizinha de Manavgat, moradores pegaram mangueiras e baldes para ajudar os bombeiros, enquanto aeronaves despejavam água de cima.

Outros incêndios florestais começaram na sexta-feira em Adana e Mersin, mais a leste ao longo da costa.

O ministro do Interior da Turquia declarou as províncias ocidentais de Izmir e Bilecik "áreas de desastre" após um mês de incêndios no país.

O presidente Recep Tayyip Erdogan também disse na sexta-feira que o país enfrentava "um desastre verdadeiramente grande" e que 25.000 pessoas estavam envolvidas no esforço de emergência.

Treze pessoas foram mortas até agora, incluindo 10 voluntários e trabalhadores florestais na província central de Eskisehir na quarta-feira.

Chipre também está sofrendo um dos piores incêndios florestais de que há memória. As temperaturas atingiram 43°C (109°F) na ilha esta semana.

Duas pessoas foram encontradas mortas em seus carros na quarta-feira e dezenas de casas foram destruídas.

Espanha, Egito, Jordânia e Israel estavam fornecendo assistência, e aviões da base da RAF na ilha também estavam ajudando.

Em outras partes do sul da Europa, bombeiros na Albânia estão lidando com um incêndio nas florestas montanhosas perto de Elbasan.

Os incêndios devastadores ocorrem em meio a temperaturas secas e escaldantes nas regiões do sul do continente.

A icônica Acrópole da Grécia foi forçada a limitar seu horário esta semana, já que a temperatura se aproximava dos 4°C, enquanto também houve calor intenso nos Bálcãs.

E não é só o sul da Europa que está enfrentando um calor anormal: a Finlândia quebrou um recorde esta semana depois de passar 14 dias seguidos acima de 30°C.

O recorde anterior de 13 dias foi estabelecido em 1972.

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No entanto, parece que haverá uma trégua, com muitas áreas previstas para esfriar a níveis mais normais na próxima semana.

A maioria dos especialistas atribui as temperaturas acima da média desta época do ano às mudanças climáticas causadas pelo homem e diz que os incêndios florestais provavelmente se tornarão mais frequentes.

2024 foi o ano mais quente já registrado, com temperaturas excedendo 1,5°C acima da era pré-industrial pela primeira vez.