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Carlos Melconian criticou a falta de transparência no acordo com os Estados Unidos.

Carlos Melconian criticou a falta de transparência no acordo com os Estados Unidos.

O economista e ex-presidente do Banco Nación, Carlos Melconian , afirmou que o acordo financeiro entre a Argentina e os Estados Unidos, anunciado pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, visava " prolongar a vida do mercado de câmbio ". O especialista questionou a falta de informação sobre os termos do acordo e alertou que este seria o último recurso do governo antes das eleições. Essas declarações ocorrem em um momento crucial da campanha eleitoral e em meio à incerteza sobre a estabilidade cambial.

"Scott Bessent estendeu a vida do mercado de câmbio. Não se sabe muito sobre esse acordo; ainda é apenas um tuíte que não fornece um valor formal, nem quanto, nem como será reembolsado", disse o economista. As críticas apontam para a falta de transparência quanto aos detalhes do apoio financeiro prometido por Washington . Apesar das críticas, o ex-presidente do Banco Nación durante o governo Mauricio Macri expressou sua esperança de que o acordo econômico com os Estados Unidos "corra bem", mas afirmou que "foi o último sinal que o Governo Nacional ainda tinha para tocar".

" Se Bessent não aparecer, estamos ferrados . Estamos no comando dele pelos próximos 10 dias úteis", disse ele, referindo-se às eleições nacionais de 26 de outubro. A declaração reflete a dependência do governo de assistência externa para manter a estabilidade cambial na reta final da campanha. Ele acrescentou: "Se houvesse uma mudança de governo amanhã, isso deixaria vocês muito presos." O alerta sugere que o acordo pode condicionar as escolhas de política econômica de futuros governos.

Em declaração à Rádio Rivadavia, Carlos Melconian afirmou que o problema da Argentina é "buscar dólares ou se endividar para pagar juros", enquanto o que deveria fazer é "acumular reservas". O diagnóstico aponta para uma estratégia econômica que ele considera falha por parte do Poder Executivo. "O governo, em vez de vender, tem que comprar dólares para acumular reservas", explicou, sustentando que as reservas do Banco Central (BCRA) "continuam negativas", já que "os ativos que detém", que incluem os desembolsos do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), "são simultaneamente passivos".

A observação técnica enfatiza que os empréstimos recebidos não representam reservas reais, mas sim dívidas que precisam ser pagas. "Não basta ter uma taxa de câmbio adequada e recuperar a capacidade de exportar e acumular reservas; é preciso também reativar o mercado local", alertou o ex-presidente do Banco Nación, especificando que a indústria, o comércio e a construção "continuam significativamente negativos". O economista argumenta que o ajuste fiscal e a estabilização cambial são insuficientes sem uma recuperação da atividade econômica doméstica.

[AGORA] "SE BESSENT NÃO APARECESSE, ESTAREMOS FERIDOS"

Carlos Melconian, economista, falou com @JonatanViale no #PanYCirco e criticou o presidente Javier Milei, questionando se ele permanecerá no cargo após as eleições de outubro: "Bessent prolongou a vida do mercado... pic.twitter.com/f12YnBAtI7

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