Os empréstimos hipotecários holandeses recuperam à medida que as famílias tomam mais empréstimos

Os empréstimos hipotecários concedidos por bancos na Holanda estão crescendo novamente após uma breve recessão, de acordo com novos dados do banco central holandês DNB .

Em junho de 2025, o valor total dos empréstimos hipotecários residenciais em aberto aumentou 5,2% em relação ao ano anterior, atingindo € 611 bilhões. Em junho de 2024, a taxa de crescimento foi de apenas 2,4%.

A última vez que os empréstimos bancários para hipotecas residenciais apresentaram esse nível de crescimento foi em 2008, disse o DNB.

O crescimento das hipotecas holandesas superou a média da zona do euro desde o último trimestre de 2023, e a queda temporária na Holanda foi menos grave do que em outras partes da Europa, de acordo com dados bancários.

O aumento acelerado dos preços dos imóveis, o crescimento salarial mais forte e as taxas de juros mais baixas na Holanda contribuíram para o aumento, afirmou o banco. Os preços dos imóveis na Holanda subiram em média 9,3% em junho em comparação com o ano anterior, informou a agência nacional de estatísticas CBS no mês passado.

Mais mutuários também estão optando por prazos mais curtos de juros fixos. Cerca de metade de todas as novas hipotecas residenciais emitidas por bancos agora se enquadram na categoria de 5 a 10 anos. Antes de 2023, quando as taxas de juros ainda estavam baixas, a maioria dos compradores optava por prazos mais longos com juros fixos.

Enquanto isso, as famílias holandesas tinham € 429 bilhões em poupança em junho, 10% a mais que no ano anterior, informou o Telegraaf na terça-feira, citando dados do banco central.

Ao mesmo tempo, o valor mantido em contas de pagamento caiu de € 116 bilhões para € 110 bilhões. Há três anos, esse valor era de € 133 bilhões.

Os consumidores estão mais atentos às taxas de juros, disse Harald Benink, professor da Universidade de Tilburg, ao jornal. "Com todos os aumentos salariais, seria de se esperar um aumento nos saldos bancários, mas isso não aconteceu", disse ele. "Os juros das contas correntes são zero, então as pessoas estão mais propensas a depositar o dinheiro em uma conta poupança."