Enquete: Poloneses não acreditam que Vladimir Putin irá parar na Ucrânia
- Qual é a posição da Rússia sobre o encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky?
- Qual a porcentagem de poloneses que acredita que após concluir a paz com a Ucrânia, a Rússia não cometerá mais agressões na Europa?
- Quais países poderiam se tornar alvos de agressão russa?
As esperanças de paz na Ucrânia diminuíram depois que Sergei Lavrov declarou à NBC News que Moscou não tem planos imediatos para um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Donald Trump já havia falado sobre tal encontro durante uma cúpula na Casa Branca entre Volodymyr Zelensky e líderes europeus. Esperava-se que o encontro entre os líderes russo e ucraniano abordasse questões territoriais, entre outros assuntos. Somente após o encontro bilateral seria realizada uma reunião trilateral entre Zelensky, Putin e Trump. Durante essa reunião, as partes elaborariam o formato de um acordo de paz.
A Rússia já atacou a Geórgia e a Ucrânia. No futuro, atacará a Moldávia ou talvez um país da OTAN?Lavrov, explicando por que Putin não se encontraria com Zelensky, destacou que o líder ucraniano rejeitou todas as exigências apresentadas por Vladimir Putin durante seu encontro com Trump no Alasca. Conforme relatado pela Reuters, essas condições incluíam a retirada da Ucrânia da parte do Donbass ainda sob controle russo (aproximadamente 12% da região de Donetsk), a saída da Ucrânia da OTAN e a rejeição da possibilidade de estacionar tropas ocidentais na Ucrânia.
Após os comentários de Lavrov, Donald Trump deu a Zelensky e Putin duas semanas para agendar uma reunião. Caso isso não aconteça, Trump não descartou a imposição de sanções ou tarifas à Rússia, mas também disse que pode desistir de negociar a paz na Ucrânia.
A agressão em larga escala contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 é a segunda agressão de Putin contra este vizinho. Em 2014, a Rússia ocupou e anexou ilegalmente a Crimeia — praticamente sem luta — e também apoiou separatistas pró-Rússia em Donbass, onde duas repúblicas autoproclamadas e não reconhecidas internacionalmente foram estabelecidas.
Em 2008, a Rússia atacou a Geórgia após a tentativa do país de retomar o controle da república separatista da Ossétia do Sul. Como resultado da guerra, a Rússia reconheceu a independência das repúblicas separatistas da Ossétia do Sul e da Abecásia (que constituem aproximadamente 20% do território da Geórgia).
Após a eclosão da guerra na Ucrânia, surgiram preocupações de que o próximo alvo da agressão russa pudesse ser a Moldávia – uma ex-república soviética onde aproximadamente 1.500 a 2.000 soldados russos já estão estacionados como forças de paz na região separatista da Transnístria. A Moldávia é um país neutro com uma pequena força armada (aproximadamente 8.500 soldados).
O Comandante Supremo Aliado da OTAN na Europa, General Alexus Grynkewich, alertou recentemente que um confronto global entre o Ocidente, Rússia e China poderia ocorrer em 2027. Tal cenário de confronto envolveria um ataque chinês a Taiwan e um ataque simultâneo da Rússia a um país da OTAN. O Bild também noticiou que as autoridades alemãs temem que a Rússia ataque um dos países menores da Aliança em 2027. Os Estados Bálticos são os mais mencionados neste contexto.
Enquete: 14,7% dos entrevistados acreditam que após a conclusão da paz com a Ucrânia, a Rússia não atacará mais um país europeuPerguntamos aos participantes da pesquisa da SW Research para o rp.pl se, na opinião deles, após concluir a paz com a Ucrânia, a Rússia não cometeria mais agressões contra nenhum país europeu.
Foto: rp.pl/Weronika Porębska
14,7% dos entrevistados responderam “sim” a esta pergunta.
66,8% dos entrevistados responderam “não”.
18,5% dos entrevistados não têm opinião sobre o assunto.
Em relação à idade, pessoas com mais de 50 anos (70%) são as mais propensas a duvidar que a Rússia cesse as ações militares em outros países após a conclusão da paz com a Ucrânia. Essa opinião é compartilhada por sete em cada dez entrevistados com ensino superior e pela mesma porcentagem de entrevistados cuja renda não excede PLN 3.000 líquidos. Em relação ao local de residência, essa opinião é mais popular entre pessoas de cidades com populações entre 20.000 e 99.000 habitantes (71%)", comenta Wiktoria Maruszczak, gerente sênior de projetos da SW Research, sobre os resultados da pesquisa.
O estudo foi conduzido pela agência de pesquisa SW Research entre usuários do SW Panel online, entre 19 e 20 de agosto de 2025. A análise abrangeu um grupo de 800 internautas com mais de 18 anos. A amostra foi selecionada por meio de um método de cota aleatória. A estrutura da amostra foi ajustada por meio de ponderação analítica para refletir a estrutura dos poloneses com mais de 18 anos em termos de características-chave relacionadas ao tema do estudo. Variáveis sociodemográficas foram consideradas na construção da ponderação.
RP