Jarosław Kaczyński na fronteira em Rosówek. Líder do PiS anunciou referendo sobre migração

No domingo, o presidente do partido Lei e Justiça, Jarosław Kaczyński, compareceu à fronteira entre a Polônia e a Alemanha em Rosówek. Seu discurso foi uma expressão de apoio às pessoas que protestavam contra – como ele mesmo disse – a "passividade sem precedentes do governo de Donald Tusk em relação às provocações alemãs na fronteira". A reunião ocorreu em um clima de tensão, e o próprio Kaczyński se referiu repetidamente à situação geopolítica, à questão da soberania da Polônia e às ameaças resultantes da migração descontrolada.
— Estamos aqui, na passagem de fronteira perto de Szczecin, mas também falaremos sobre a política extremamente agressiva do governo alemão. E, na verdade, sobre a falta de reação do governo polonês. Ele meio que pediu silêncio... Infelizmente, há várias provocações aqui. Lamentamos que, mesmo nesta situação, quando todos deveríamos estar na coalizão pela segurança das fronteiras polonesas, haja — como vocês podem ver — pessoas tentando atrapalhar esta reunião e esta conferência — disse o presidente do PiS.
Em um discurso emocionado, Kaczyński agradeceu aos participantes do Movimento de Defesa da Fronteira e outras iniciativas sociais que – como ele disse – "se opõem à política de Donald Tusk, cuja essência é a subordinação incondicional aos alemães".
– Vim aqui, antes de mais nada, para agradecer. Para agradecer a todos os participantes do Movimento de Defesa da Fronteira e a todo o movimento social que se opõe às políticas de Donald Tusk. Sabem, o mérito político dele é a subordinação – subordinação incondicional aos alemães.
Como exemplo, Kaczyński apontou o suposto empurrão de migrantes ilegais do território alemão para o lado polonês:
- É inédito que um país, formalmente na mesma aliança militar, em uma organização como a União Europeia, envie milhares de imigrantes ilegais para outro – pessoas que poderiam ameaçar a segurança dos poloneses. E, em muitos casos, eles já estão perturbando essa segurança.
Referindo-se às ações do governo, o presidente do PiS acusou Donald Tusk de mentir e inação:
– O governo que temos hoje está mentindo. (...) Algumas verificações adicionais devem começar amanhã, mas não sabemos se serão verificações reais ou um disfarce para continuar transferindo ilegalmente essas pessoas.
Kaczyński também anunciou a preparação de um projeto de lei que permitiria à Polônia agir de forma mais decisiva nesta questão:
- Estamos propondo uma nova solução aqui: uma lei. Por enquanto, é um projeto, mas algo muito fácil de aprovar. Não tenho dúvidas de que o presidente Andrzej Duda a assinará e, se ela se arrastar, o presidente Nawrocki também. Esta será a bandeira do Estado polonês na prática: um regulamento que estabelecerá uma lista de países cujos cidadãos não aceitamos.
O presidente do PiS também expressou profunda preocupação com a "perda progressiva da soberania da Polônia":
– Não se trata apenas de uma questão de imigrantes. É uma questão de soberania e independência da Polônia. Porque a política de Tusk não é a política de um Estado independente – é a política de um Estado subordinado. E nem mesmo de um parceiro menor, mas de alguém completamente subordinado.
No final do seu discurso, ele anunciou mais ações cívicas:
– Lembro a vocês que já coletamos mais de meio milhão de assinaturas para uma moção de referendo. E continuaremos a fazê-lo. Está indo bem, está indo melhor do que esperávamos. Chegará o momento – ainda não sei que dia será, mas não estará longe – em que apresentaremos esta moção. Porque é simplesmente necessário. Um referendo sobre migração e soberania.
(dg)
Filme: Dariusz Gorajski
Kurier Szczecinski