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Relatório de acidente da Air India: este detalhe chocante

Relatório de acidente da Air India: este detalhe chocante

Momentos após a decolagem do Aeroporto de Ahmedabad, o Boeing 787 Dreamliner caiu com 241 pessoas a bordo – apenas uma sobreviveu. O trágico saldo do desastre foi agravado pelas baixas em terra – o avião atingiu, entre outros lugares, um alojamento para médicos, matando 19 pessoas. Um total de 260 pessoas morreram.

O documento publicado pela AAIB não identifica os responsáveis nem contém conclusões finais, mas lança nova luz sobre o curso do desastre.

Motores parados. Conclusão chocante da investigação.

A informação mais chocante revelada no relatório é que ambos os motores ficaram sem combustível quase simultaneamente – apenas três segundos após a decolagem. A análise dos parâmetros de voo indica que os controles de combustível mudaram de "ligado" para "desligado", resultando no desligamento imediato dos motores. A aeronave atingiu uma velocidade de decolagem de 333 km/h (200 mph), mas não conseguiu continuar sem energia – após alguns segundos, colidiu com prédios próximos ao aeroporto.

Não está claro como os controles poderiam ter sido desalinhados. O relatório não especifica se foi uma falha técnica ou humana. Um elemento-chave da tragédia permanece sem explicação.

Gravações do cockpit: conversa dramática entre pilotos

O relatório também inclui uma análise do gravador de voz da cabine. Logo após a decolagem, ouve-se um piloto em pânico perguntando ao outro: "Por que você cortou o fornecimento de combustível para os motores?". O outro piloto responde imediatamente: "Eu não fiz nada disso". Isso indica que pelo menos um membro da tripulação ficou surpreso e confuso com a repentina perda de potência do avião.

A filmagem também capturou um pedido de socorro desesperado: "Mayday, Mayday, Mayday" – enviado por um dos pilotos segundos antes do acidente. Infelizmente, era tarde demais.

A experiência da tripulação não impediu a tragédia

Tanto o comandante quanto o primeiro oficial eram pilotos experientes – cada um tinha aproximadamente 19.000 horas de voo, incluindo 9.000 no Boeing 787. Isso elimina a possibilidade de treinamento insuficiente ou falta de familiaridade com a aeronave. Especialistas enfatizam que a vasta experiência dos pilotos torna ainda mais intrigante como o fornecimento de combustível para ambos os motores pôde ter sido cortado.

Especialistas preocupados: "Esta é uma questão fundamental"

O especialista em aviação americano Anthony Brickhouse não tem dúvidas de que a resposta à pergunta sobre a causa do corte de combustível é crucial para toda a investigação.

“Eles mudaram por conta própria ou por causa dos pilotos? E se por causa dos pilotos, por quê?”, pergunta Brickhouse.

Outro renomado especialista em aviação, John Cox, descarta a possibilidade de tripulantes redefinirem acidentalmente os controles. Ele considera tal cenário simplesmente "impossível". Isso significa que a possibilidade de uma falha no sistema de gerenciamento de combustível ou de um problema sistêmico deve ser seriamente considerada.

Nenhuma acusação contra os produtores

O relatório preliminar não contém acusações ou recomendações contra a fabricante da aeronave, Boeing, ou a fabricante dos motores GEnx-1B, GE Aerospace. Nesta fase, os investigadores também não indicam qualquer negligência por parte da Air India. Todas as partes — Boeing, GE Aerospace e a própria companhia aérea — ainda não se manifestaram sobre o relatório publicado.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos confirmou ter recebido o documento e que estava "em estreita cooperação com parceiros internacionais". No entanto, não informou se a FAA planejava tomar alguma medida em relação à certificação dos Dreamliners ou de seus motores.

Ainda há mais perguntas do que respostas

O relatório do AAIB é apenas o primeiro passo de um longo e complexo processo de investigação das causas de um dos piores desastres aéreos na Índia nas últimas décadas. Embora muitos fatos chocantes tenham sido revelados — como o corte simultâneo de combustível e conversas dramáticas na cabine —, questões cruciais permanecem sem resposta.

O sistema falhou? Ocorreu uma pane? Será que estamos lidando com um erro de design ou software até então desconhecido? Ou talvez a causa esteja em outro lugar — nos procedimentos, no serviço ou na interface do usuário?

Leia também: Dreamliner da Air India enfrenta problemas no ar. Avião é forçado a retornar. Leia também: Avião pousou a 300 km do destino. Falta de combustível.

Wprost

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