Suspeitos de incendiar autocarro nos tumultos após morte de Odair Moniz em liberdade a pedido do MP

Os dois detidos em prisão preventiva por suspeitas de incendiarem um autocarro nos tumultos após a morte de Odair Moniz foram libertados a pedido do Ministério Público, que mantém o caso em segredo de justiça e em investigação.
Segundo a comarca de Lisboa Norte à agência Lusa, a prisão preventiva de um dos jovens terminou a 18 de março e a do outro a 26 de maio. Um dos arguidos ficou sujeito a termo de identidade e residência (TIR) e proibição de contactos com os restantes arguidos e o outro apenas sujeito a TIR.
“Os arguidos foram restituídos à liberdade pelo juiz de instrução, na sequência de promoção do Ministério Público” (MP), adiantou a comarca de Lisboa Norte, sobre o fim da medida de coação de prisão preventiva, avançada esta terça-feira pelo Expresso.
Já a Procuradoria-Geral da República (PGR), questionada sobre os motivos que levaram ao pedido de libertação pelo MP adiantou apenas que o inquérito se encontra em investigação, “sujeito a segredo de justiça” e “não tem arguidos presos”.
Os dois jovens estavam indiciados pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, incêndio e dano, na sequência do incêndio num autocarro em Santo António do Cavaleiros, Loures, que em outubro de 2024 feriu gravemente o motorista, deixando-o com sequelas permanentes.
O incidente ocorreu no decurso dos motins que se registaram em vários bairros da Grande Lisboa, depois da morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz. de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, baleado por agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura.
Durante os tumultos foram incendiados mais autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo, mas o ataque que deixou em estado grave o motorista é o mais grave em investigação.
Visao