Esses são os maiores motivos de demissões por justa causa

Resumo Os principais motivos de demissões por justa causa incluem faltas não justificadas, insubordinação, violação de confiança, uso de álcool ou drogas no expediente, enquanto problemas de saúde podem levar à aposentadoria por invalidez, não punição.
Perder o emprego já é uma situação delicada. Quando isso acontece sob a alegação de demissão por justa causa, os impactos são ainda mais severos — tanto no bolso quanto na imagem profissional. Mas afinal, o que realmente configura esse tipo de desligamento? Quais atitudes podem ser consideradas graves a ponto de justificar essa medida?
Apesar de ser prevista em lei, a justa causa ainda levanta muitas dúvidas entre trabalhadores, especialmente quando aplicada de forma inesperada. Conhecer os limites e direitos envolvidos é essencial para evitar surpresas.
Entre os principais motivos estão as faltas frequentes sem atestado ou explicação formal. O acúmulo de ausências compromete a operação da empresa e, em muitos casos, gera advertências que se acumulam até que uma medida mais séria seja tomada.
“A empresa precisa manter a equipe funcionando. Quando o funcionário falta sem avisar ou sem apresentar justificativa, é difícil manter o planejamento”, explica Lúcia Andrade, coordenadora de RH em uma transportadora.
Insubordinação e atitudes que desrespeitam regrasIgnorar ordens diretas, agir com hostilidade ou descumprir normas internas também pode ser entendido como quebra de conduta. Mas a empresa deve comprovar o ocorrido com registros, testemunhas ou documentos, especialmente se houver contestação por parte do colaborador.
Comportamentos que ferem a confiançaAções como furto, uso de recursos da empresa para fins pessoais ou exposição de dados sigilosos são consideradas gravíssimas. Elas representam não apenas quebra de confiança, mas também risco jurídico para o negócio.
Nesses casos, o desligamento costuma ser imediato, sem necessidade de advertências anteriores, desde que o ato seja comprovado.
Álcool e drogas durante o expedienteO uso de substâncias dentro da empresa ou em serviço, principalmente em funções operacionais, é uma das causas mais recorrentes. Além do risco à produtividade, coloca em perigo outros funcionários. Mesmo empresas que oferecem apoio e encaminhamento a tratamento, diante da reincidência, podem aplicar a justa causa.
Quando um problema de saúde entra em cenaEm alguns casos, o desempenho de um funcionário pode cair por motivos de saúde. E quando essa condição impede o trabalho de forma permanente, não se trata de desligamento por má conduta, e sim de outra realidade: a possibilidade de aposentadoria por invalidez.
“Já vi situações em que o funcionário, em vez de ser demitido, foi orientado a buscar a perícia médica e garantiu seus direitos previdenciários”, comenta Lúcia.
É importante diferenciar os casos: se o trabalhador não pode exercer suas atividades por conta de uma condição comprovada, ele deve ser avaliado pelo INSS — e não penalizado com uma demissão injusta.
Evitar surpresas começa com informaçãoA demissão por justa causa só pode ser aplicada quando há um motivo claro, grave e devidamente documentado. Ainda assim, muitos trabalhadores recebem esse tipo de desligamento sem entender bem os motivos ou sem saber que podem contestar a decisão.
Ter conhecimento sobre seus direitos e deveres, manter o diálogo aberto com a liderança e, principalmente, buscar apoio jurídico em caso de dúvida, pode evitar injustiças e preservar a carreira.
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