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Presidente de Taiwan: invasão chinesa também ameaçaria EUA

Presidente de Taiwan: invasão chinesa também ameaçaria EUA

O Presidente de Taiwan afirmou que se a China assumir o controlo da ilha pela força “ganhará ainda mais poder para competir com os Estados Unidos na arena internacional”, o que prejudicaria “interesses fundamentais” norte-americanos.

Em entrevista ao programa de rádio norte-americano “The Clay Travis and Buck Sexton Show”, William Lai disse que, se tivesse a oportunidade de se encontrar com o Presidente dos EUA, Donald Trump, dir-lhe-ia que Pequim não só está a realizar exercícios militares “cada vez maiores” em torno de Taiwan, como “está também a expandir o seu poderio militar” no mares da China Oriental e do Sul da China.

“As manobras militares chinesas já abrangem toda a região do Indo-Pacífico: os seus porta-aviões atravessaram a primeira e a segunda cadeias de ilhas, a frota do Norte cercou o Japão durante os seus exercícios e até disparou munições reais dentro da zona económica exclusiva da Austrália”, apontou Lai, de acordo com uma transcrição da entrevista divulgada esta terça-feira pelo gabinete presidencial.

“O que está em jogo não é apenas a ‘anexação’ de Taiwan: se a China se apoderasse da ilha, ganharia ainda mais poder para competir com os Estados Unidos na arena internacional, perturbando a ordem mundial baseada em regras e prejudicando os interesses fundamentais dos próprios Estados Unidos”, acrescentou.

Durante a entrevista, Lai sublinhou que a República da China (nome oficial de Taiwan) e a República Popular da China “não estão subordinadas uma à outra” e sublinhou que Pequim “não tem o direito de violar ou invadir” a ilha.

“A China efetua manobras militares no Estreito de Taiwan que destroem a paz e a estabilidade na região. Por conseguinte, quem quebra o status quo no Estreito não é Taiwan, mas a China”, afirmou o líder taiwanês, acrescentando que a paz “só pode ser alcançada através da força”.

“Desde que haja igualdade e respeito, Taiwan está disposta a entrar em negociações com a China e, através do diálogo e da cooperação, alcançar o objetivo da paz e da prosperidade partilhada”, afirmou.

Lai também expressou confiança de que a ilha “continuará a ter o apoio” de Donald Trump, que declarou publicamente que, numa conversa telefónica, o líder chinês, Xi Jinping, lhe prometeu não enviar tropas para atacar Taiwan enquanto for Presidente dos EUA.

“Se o Presidente Trump conseguir que Xi Jinping renuncie para sempre ao uso da força contra Taiwan, será certamente merecedor do Prémio Nobel da Paz”, afirmou.

Pequim considera Taiwan “parte inalienável” de território chinês e, nos últimos anos, intensificou a campanha de pressão contra o território para conseguir a “reunificação nacional”, uma chave para o objetivo de longo prazo de Xi Jinping de “rejuvenescer” a nação chinesa.

Há mais de sete décadas que os Estados Unidos estão no centro das disputas entre as duas partes, uma vez que Washington é o principal fornecedor de armas a Taipé e, apesar de não ter laços diplomáticos com a ilha, poderia defendê-la em caso de conflito com Pequim.

observador

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