Ucrânia: China diz que sempre esteve do lado da paz no 3º aniversário da guerra
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FILE PHOTO: Chinese President Xi Jinping attends a welcoming ceremony for Greek President Prokopis Pavlopoulos outside the Great Hall of the People, in Beijing, China May 14, 2019. REUTERS/Jason Lee/File Photo
A China afirmou, esta segunda-feira, que sempre esteve “do lado da paz” e que vai continuar a trabalhar para “construir um consenso” que ponha fim à guerra na Ucrânia, que se prolonga há três anos.
“Desde o início desta crise, temos vindo a trabalhar e a manter a comunicação com as partes envolvidas, com o objetivo de construir um consenso para a paz”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.
O porta-voz acrescentou que a China sempre esteve “do lado da paz” e manteve uma posição “justa e objetiva”, que tem sido “clara e consistente desde o início”.
A China saudou as conversações entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, para negociar uma saída para a guerra na Ucrânia, um processo no qual Pequim quer continuar a desempenhar “um papel construtivo”.
De acordo com porta-vozes chineses, o país asiático espera “manter a comunicação com todas as partes envolvidas” e continuará a fazer “esforços” para desempenhar “um papel construtivo” na resolução do conflito.
Nas últimas semanas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou que a posição da China sobre o conflito tem sido “racional” e que Pequim deseja “estabelecer um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para a Europa, visando uma paz duradoura”.
“A China quer trabalhar com todas as partes, incluindo a Europa”, afirmou Wang.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção pelas “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia.
Pequim opôs-se a sanções “unilaterais” contra Moscovo e apelou ao “desanuviamento e a uma solução política”. No entanto, o Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, algo que o país asiático sempre negou.
A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz, como o plano que elaborou com o Brasil, no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kiev.
jornaleconomico