Israelenses realizam protesto massivo contra decisão de ocupação de Gaza

Dezenas de milhares de pessoas em Israel foram às ruas de Tel Aviv para protestar contra a ocupação de Gaza planejada pelo governo, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. As manifestações, convocadas por grupos antigovernamentais de todo o país, ocorreram em diversos locais da cidade. Em um protesto realizado na Rua Begin, em frente ao prédio do Ministério da Defesa, Shai Mozes, sobrinho de Gadi Mozes, um prisioneiro libertado de Gaza, dirigiu-se aos soldados israelenses, dizendo: "Sua missão será participar da matança dos prisioneiros. Neste caso, não há outra opção a não ser recusar."

A mãe de um oficial de combate israelense também enfatizou que a invasão planejada de Gaza levaria à morte de prisioneiros e centenas de soldados, enfatizando que o país caminhava para uma guerra sem fim que destruiria sua imagem. A mãe, que preferiu permanecer anônima, disse aos soldados: "Recusem-se a entrar em Gaza. Recusem-se a participar desta guerra injusta." Ela também afirmou que os soldados estavam física e mentalmente debilitados e careciam de equipamentos essenciais.

Dirigindo-se a cerca de 10.000 pessoas reunidas na "Praça dos Prisioneiros" de Tel Aviv, Sharon Aloni-Cunio, esposa do prisioneiro israelense David Cunio, detido em Gaza, disse: "Aqueles que estão promovendo uma guerra eterna estão nos levando a uma catástrofe terrível. Eles nem estão fazendo isso pelos prisioneiros. Estão dizendo em alto e bom som que estão prontos para sacrificar os prisioneiros."

Enquanto isso, um grupo de manifestantes, exigindo que o governo de Netanyahu assinasse um acordo para libertar todos os prisioneiros de uma só vez e reverter a decisão de ocupação de Gaza, bloqueou a rodovia Ayalon, uma importante artéria de Tel Aviv. A polícia israelense interveio e três pessoas foram detidas durante as manifestações.

O Gabinete de Segurança de Israel se reuniu em 7 de agosto para discutir a ocupação de toda a Faixa de Gaza. Em entrevista à Fox News antes da reunião, Netanyahu afirmou que o objetivo era assumir o controle de toda a Faixa de Gaza.