Reivindicação de cessar-fogo em Gaza: EUA, Egito e Catar envolvidos

O canal de televisão estatal israelense KAN, citando uma fonte israelense não identificada, informou que um cessar-fogo em Gaza continua sendo uma possibilidade, apesar da oposição dos ministros do gabinete de segurança israelense. A reportagem observou que os EUA sinalizaram que, mesmo que a ocupação de Gaza comece, o processo pode ser interrompido se um acordo de cessar-fogo for alcançado.

O Representante Especial do Presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, teria discutido um acordo de troca com o Ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, que incluiria a libertação de todos os prisioneiros israelenses. No entanto, nenhuma informação foi fornecida sobre onde ou quando a reunião ocorreu. Nenhum dos mediadores comentou a reportagem da KAN.

Egito, Catar e EUA vêm mediando para encerrar a guerra em Gaza, que se arrasta desde 7 de outubro de 2023. O Gabinete de Segurança israelense aprovou um plano para ocupar a Cidade de Gaza, localizada no norte da Faixa de Gaza, em 7 de agosto. Catar e Egito condenaram a decisão, enquanto os EUA a ignoraram. A declaração do presidente americano Donald Trump, "Esta é uma decisão de Israel", foi interpretada por observadores como um sinal verde para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O Hamas anunciou em 24 de julho que havia respondido a uma minuta de proposta apresentada por mediadores para uma troca de prisioneiros com Israel e um cessar-fogo em Gaza. O Gabinete do Primeiro-Ministro israelense também anunciou que a resposta do Hamas havia sido recebida pelos mediadores em Tel Aviv e estava sendo avaliada. O Representante Especial de Trump para o Oriente Médio, Witkoff, alegou que o Hamas não estava disposto a concordar com um cessar-fogo e declarou que havia decidido retirar sua equipe de negociação de Doha, capital do Catar, para "fins consultivos".