Chefe da Unilever é demitido em ação que surpreende a City: Hein Schumacher será substituído por seu diretor financeiro ESTA SEMANA
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A Unilever dispensou seu presidente-executivo menos de dois anos depois que ele assumiu o cargo.
Em uma atitude que surpreendeu a City, a gigante de bens de consumo disse que Hein Schumacher será substituído no final da semana pelo diretor financeiro Fernando Fernandez.
A defenestração do holandês — que assumiu o cargo apenas em julho de 2023 — deixou analistas 'pasmos' e as ações do grupo FTSE 100 caíram mais de 3% no início do pregão.
A dramática mudança — decidida em uma reunião do conselho na segunda-feira — ocorreu quando os diretores apostaram que Fernandez pode transformar a fabricante de Marmite e Magnum mais rapidamente.
O presidente Ian Meakins agradeceu a Schumacher por "redefinir a estratégia da Unilever" e por suas iniciativas de desmembrar o negócio de sorvetes por trás de marcas como Magnum, Cornetto e Ben & Jerry's.
Mas ele continuou dizendo o quão "impressionado" o conselho ficou com a "abordagem decisiva e orientada para resultados" de Fernandez e sua capacidade de promover mudanças rapidamente.
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Meakins elogiou o "profundo conhecimento do novo chefe sobre as operações da Unilever" — Fernandez está na empresa há 37 anos — e acrescentou: "Embora o conselho esteja satisfeito com o desempenho da Unilever em 2024, ainda há muito a fazer para entregar os melhores resultados da categoria".
A empresa, cujas marcas também incluem Dove, Hellmann's, Domestos e Knorr, disse que a sucessão foi feita "por acordo mútuo" com Schumacher, de 53 anos.
Mas Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, disse que a mudança repentina "sugere desentendimentos a portas fechadas", acrescentando: "O conselho pode ter visto o progresso de Schumacher como muito trivial".
Em um e-mail para a equipe, Schumacher disse: 'Lamento ter deixado a Unilever mais cedo do que o previsto. Mantenho meu histórico e abordagem.'
Quando assumiu o negócio em 2023, ele embarcou em um grande programa de reestruturação que incluiu corte de custos, a cisão do negócio de sorvetes e um foco renovado em suas marcas de maior sucesso.
Londres sofreu um grande revés no início deste mês, no entanto, quando a Unilever disse que a divisão de sorvetes teria sua principal listagem na bolsa de valores em Amsterdã.
Schumacher também afastou a Unilever da agenda "consciente" perseguida pelo antecessor Alan Jope, que fez com que a empresa fosse amplamente ridicularizada por tentar imbuir suas marcas com propósito social.
Mas as ações da Unilever subiram menos de 10 por cento sob sua gestão, preocupando os membros do conselho que estavam ansiosos para ver mudanças mais rápidas.
A empresa também tem estado sob pressão de investidores, incluindo o ativista norte-americano Nelson Peltz, que faz parte do conselho e é um dos maiores acionistas da Unilever por meio de sua empresa Trian Partners. Schumacher foi considerado a escolha de Peltz para o cargo.
Analistas do Barclays disseram que Fernandez era a "escolha certa". Mas a velocidade da saída de Schumacher pegou muitos desprevenidos.
"Nós certamente não esperávamos por isso", disse James Edwardes Jones, da RBC Capital Markets, que disse estar "pasmo" com a decisão.
'Nós nos perguntamos se isso é uma vitória para os membros da Unilever que ficaram ressentidos com a nomeação de um diretor executivo externo e uma evidência da antiga — e muitas vezes disfuncional — cultura da Unilever se reafirmando.'
O novo chefe da Unilever, Fernando Fernandez, pode ganhar perto de £ 11 milhões por ano, tendo assumido o cargo depois de quase quatro décadas na empresa.
Nascido e criado na Argentina, ele se juntou à gigante de bens de consumo como analista em seu país natal no final de 1987.
Depois, ele assumiu cargos seniores, incluindo vice-presidente executivo do negócio latino-americano antes de liderar o braço de beleza e bem-estar. Ele foi nomeado diretor financeiro em janeiro e assumirá o cargo principal no sábado.
Mas ele aceitará um pequeno corte salarial em comparação a Hein Schumacher.
Ele receberá um salário-base de £ 1,5 milhão antes de bônus e prêmios em ações, um pouco abaixo do salário fixo de seu antecessor, de £ 1,53 milhão.
De acordo com o plano de remuneração, ele também terá direito a um bônus anual de até £ 3,4 milhões e prêmios em ações de até £ 6 milhões.
O analista da Jefferies, David Hayes, disse que alguns podem ver seu estilo como "um tanto rebelde".
O analista da Bernstein, Callum Elliott, acrescentou que o jeito "impetuoso e carismático" de Fernandez era "um tanto incomum" em comparação ao jeito "discreto" de Schumacher.
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