'Sem dúvida', o Reino Unido gastará 3% do PIB em defesa na próxima legislatura, diz Healey

Não há "dúvida" de que o Reino Unido "gastará 3% do nosso PIB em defesa" na próxima legislatura, disse o secretário de defesa.

Os comentários de John Healey ocorrem antes da publicação da Revisão Estratégica de Defesa (SDR) do governo na segunda-feira.

Esta é uma avaliação do estado das forças armadas, das ameaças enfrentadas pelo Reino Unido e da transformação militar necessária para enfrentá-las.

O primeiro-ministro Sir Keir Starmer já havia estabelecido uma "ambição clara" de aumentar os gastos com defesa para 3% na próxima legislatura, "sujeito às condições econômicas e fiscais".

O Sr. Healey disse agora ao jornal The Times que "uma certa década de aumento nos gastos com defesa" está por vir, acrescentando que esse compromisso "nos permite planejar a longo prazo. Nos permite lidar com as pressões".

Uma fonte do governo insistiu que o secretário de defesa estava "expressando uma opinião, ou seja, que ele tem total confiança de que o governo será capaz de cumprir sua ambição", em vez de assumir um novo compromisso.

Atualmente, o Reino Unido gasta 2,3% do PIB em defesa, com Sir Keir anunciando planos para aumentar esse valor para 2,5% até 2027 em fevereiro.

Isso ocorreu após a crescente pressão da Casa Branca para que as nações europeias fizessem mais para assumir a responsabilidade por sua própria segurança e pela defesa da Ucrânia.

O aumento de 2,3% a 2,5% está sendo pago por cortes controversos no orçamento de ajuda internacional, mas há grandes dúvidas sobre onde seria encontrado o financiamento para um aumento de 3%, dada a difícil situação das finanças governamentais.

Embora um compromisso ajude a sustentar as premissas de planejamento feitas no SDR, é claro que não há garantia de que um governo trabalhista ainda estaria no poder durante a próxima legislatura para ter que cumprir essa promessa.

Uma declaração do Ministério da Defesa deixa claro que a posição oficial do governo não mudou em conformidade com os comentários do secretário de defesa.

A declaração diz: "Este governo anunciou o maior aumento sustentado nos gastos com defesa desde o fim da Guerra Fria — 2,5% até 2027 e 3% na próxima legislatura, quando as condições fiscais e econômicas permitirem, incluindo £ 5 bilhões extras neste ano fiscal.

"O SDR definirá corretamente a visão de como esse aumento será gasto, incluindo novas capacidades para nos colocar na vanguarda da inovação na OTAN, investimento em nosso povo e fazer da defesa um motor de crescimento em todo o Reino Unido - tornando a Grã-Bretanha mais segura em casa e forte no exterior."

Sir Keir encomendou a revisão logo após assumir o cargo em julho de 2024. Ela está sendo liderada por Lord Robertson, ex-secretário de defesa trabalhista e secretário-geral da OTAN.

O Ministério da Defesa já divulgou uma série de anúncios como parte da revisão, incluindo planos para um novo Comando Cibernético e Eletromagnético e um sistema de campo de batalha de £ 1 bilhão conhecido como Digital Targeting Web, que, segundo nos disseram, "conectará melhor os sistemas de armas das forças armadas e permitirá que decisões no campo de batalha para atingir ameaças inimigas sejam tomadas e executadas mais rapidamente".

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No sábado, o secretário de defesa anunciou um investimento de £ 1,5 bilhão para combater umidade, mofo e fazer outras melhorias em moradias militares de baixa qualidade, em uma tentativa de melhorar o recrutamento e a retenção.

O Sr. Healey prometeu "reverter o que tem sido um escândalo nacional por décadas", com 8.000 casas de famílias militares atualmente impróprias para habitação.

Ele disse: "A Revisão Estratégica de Defesa, em geral, reconhecerá que o mundo está mudando e as ameaças estão aumentando.

"Nesta nova era de ameaças, precisamos de uma nova era para a defesa e, portanto, a Revisão Estratégica de Defesa será a visão e a direção para o caminho que temos para fortalecer nossas forças armadas para nos tornar mais seguros em casa, mais fortes no exterior, mas também aprender as lições da Ucrânia.

"Portanto, forças armadas que podem ser mais capazes de inovar mais rapidamente, mais fortes para deter as ameaças que enfrentamos e sempre com as pessoas no centro de nossas forças... é por isso que os compromissos de moradia que assumimos por meio desta revisão estratégica de defesa são tão importantes para o futuro."