BRIAN READE: 'A Grã-Bretanha é uma bagunça financeira - precisamos pagar mais impostos para corrigir os erros dos conservadores'

Se os eleitores fossem questionados sobre a característica que eles gostariam de ver mais nos políticos, a grande maioria citaria a honestidade.

Imagine se Keir Starmer tivesse dito esta semana: "Agora apoio um Estado palestino — não por causa do massacre em Gaza, mas porque meus parlamentares estão tão chocados com isso que posso perder centenas deles se não me distanciar dos carniceiros das Forças de Defesa de Israel (IDF). E de agora em diante, vou confessar tudo depois de cada reviravolta." Você teria mais consideração por ele, não é mesmo?

Imagine se Kemi Badenoch dissesse: "A principal razão pela qual a população da Inglaterra e do País de Gales aumentou 2,6 milhões desde 2020 não são os pequenos barcos, mas sim direitistas como eu vendendo a vocês o mito de que o Brexit nos permitiria retomar o controle de nossas fronteiras. Bem, estávamos mentindo." Mais uma vez, você pensaria mais nela.

Agora imagine se Rachel Reeves fosse sincera conosco dizendo: “Nós, políticos, estamos vendendo a vocês a falsa ilusão de que podemos ter serviços públicos de classe mundial e impostos baixos. Não podemos. É por isso que a Grã-Bretanha está falida. E então, sendo trabalhistas, buscamos serviços públicos de classe mundial, e isso significa renegar nossa promessa do manifesto e aumentar os impostos diretos.”

Agora, você pode não gostar da ideia de pagar mais impostos, mas provavelmente concordaria com a avaliação dela sobre a confusão financeira em que nos encontramos e como o problema mais urgente que enfrentamos é o estado abjeto de praticamente todos os serviços públicos que antes valorizávamos.

Quando o Partido Trabalhista assumiu o poder no ano passado, os ministros proclamaram que "os adultos estão de volta ao comando". Por que não provar isso tendo uma conversa adulta conosco e explicando os fatos da vida?

Que estamos vivendo muito além das nossas possibilidades e não podemos sair de um buraco financeiro cortando serviços públicos porque os conservadores os cortaram até o osso e esvaziaram os cofres com dois cortes cínicos pré-eleitorais no Seguro Nacional para tentar salvar a própria pele. E com o envelhecimento da população e o aumento dos gastos com defesa, a situação só vai piorar. Portanto, todos nós precisamos pagar mais impostos, e aqueles que ganham mais, pagarão mais. Como costumávamos fazer.

Quando comecei a trabalhar em 1976, a alíquota básica do imposto era de 35%. Depois, veio Margaret Thatcher, que cortou impostos, mas mesmo quando ela deixou o cargo em 1990, a alíquota básica permaneceu em 25%. Como sucessivos governos a reduziram desde então, a alíquota básica atual é de 20%. Na Holanda, é de 36,93%, na Bélgica, de 25% e na Itália, de 23%.

Se elevássemos a taxa básica de volta ao nível que era sob Thatcher, arrecadaríamos £ 34,5 bilhões por ano. Mas isso não vai acontecer. No entanto, aumentá-la em apenas 1% arrecadaria £ 8,2 bilhões por ano até o final desta legislatura. Aumentar a taxa mais alta, restabelecer a alíquota de 50% que George Osborne abandonou e implementar um imposto sobre a riqueza para aqueles com ativos acima de £ 10 milhões arrecadaria muitos bilhões a mais. E provaria que todos estamos fazendo a nossa parte.

Tenho certeza de que a maioria dos britânicos quer serviços públicos de primeira classe e está disposta a pagar por eles. Certamente aqueles que elegeram este governo.

Depois de um ano ineficaz e quase apologético no poder, é hora de o Partido Trabalhista partir para a ofensiva, não lutando apenas pelo tipo de país em que acredita.

Mas sendo honesto e nos dizendo que temos que pagar por isso.

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Algumas reflexões sobre a notável vitória das Lionesses contra todas as probabilidades.

Como era revigorante ver os fãs de futebol ingleses se divertindo sem cantar sobre o abate de bombardeiros alemães, e os que estavam em casa, nos pubs, não atirando cervejas para o alto sempre que um gol era marcado.

Que belo sinal para os homens obcecados por dinheiro que comandam o futebol: o Europeu feminino na Suíça (onde o prêmio foi de £ 34 milhões) foi considerado muito mais emocionante e assistível do que a Copa do Mundo de Clubes masculina, na América (com prêmio total de £ 743 milhões), que foi praticamente ignorada.

E quão ridículo é o nosso sistema de honrarias, a ponto de alguns parlamentares exigirem que todas as jogadoras da Inglaterra sejam nomeadas damas. No entanto, se tivessem perdido a final, talvez houvesse alguma decisão para lhes conceder o título de "CBE".

Ou seja, aos olhos daqueles que acreditam nisso, a maior honra que o Estado britânico pode conceder a uma mulher dependia de alguns espanhóis receberem punições mais severas. Que absurdo.

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A estrela pornô Bonny Blue, que se orgulha de ter dormido com 1.057 homens em 12 horas, descreve seu trabalho como sendo "um pouco como o de uma assistente social".

E tenho certeza de que muitos conservadores concordam com isso, pois acham que todo mundo que faz trabalho social fica deitado de costas o dia todo, prejudicando o contribuinte.

Muitas críticas foram dirigidas à multimilionária após um documentário do Canal 4 sobre ela esta semana, mas acho que ela é simplesmente alguém que abriu mão do seu sonho de infância de ser parteira. Trabalhando mais ou menos na mesma área.

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Em vez de ir embora com um pingo de dignidade, o envergonhado ex-apresentador do MasterChef Gregg Wallace continua cavando um buraco com tanta fúria que pode chegar à Austrália em breve.

Em vez de ir embora com um pingo de dignidade, o envergonhado ex-apresentador do MasterChef Gregg Wallace continua cavando um buraco com tanta fúria que pode chegar à Austrália em breve.

Segundo ele, apesar de 45 denúncias separadas sobre seu comportamento inadequado terem sido confirmadas pela BBC, ele é uma vítima em série, e não um perpetrador, de vulgaridade: "Meu Deus... você tem ideia de quantas vezes me fizeram comentários sugestivos? Quantas vezes fui apalpado?" é sua defesa mais recente.

Bom, vou arriscar, cara. E digamos que não vai dar em nada.

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AS CINCO GRANDES PERGUNTAS DA SEMANA:

Tommy Robinson fugindo do país enquanto a polícia quer interrogá-lo sobre um ataque violento em uma estação ferroviária de Londres. Que líder corajoso, hein? Que herói.

Quando foi que decidimos que, a menos que você tivesse dinheiro para furar fila, era impossível extrair um dente ou fazer um teste de direção no Reino Unido?

Se as jogadoras de futebol da Inglaterra continuarem se mostrando de classe superior aos homens, quanto tempo levará até que vejamos mulheres explicando a regra do impedimento para seus parceiros?

Existe algo mais hipócrita do que expatriados famosos que se mudaram para o exterior para pagar menos impostos reclamando dos imigrantes que vêm ao Reino Unido em busca de uma vida melhor?

Existe um casal mais convencido na TV do que o casal no comercial do seguro de viagem All Clear?