Carney pede resolução diplomática após ataques aéreos dos EUA no Irã

O primeiro-ministro Mark Carney disse que os ataques militares dos EUA às instalações nucleares iranianas foram planejados para aliviar a ameaça do programa nuclear do país e reiterou que o Irã nunca poderá desenvolver uma arma nuclear.

A declaração do primeiro-ministro ocorre em resposta aos ataques dos EUA a três instalações nucleares no Irã, agravando ainda mais a crise no Oriente Médio.

Em uma declaração publicada nas redes sociais, o primeiro-ministro pediu que as partes retornassem imediatamente à mesa de negociações para chegar a uma resolução diplomática.

Carney repetiu os apelos da declaração conjunta dos líderes do G7 da semana passada, pedindo "redução" das hostilidades no Oriente Médio e um cessar-fogo em Gaza.

O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou a cúpula do G7 mais cedo para abordar a crise no Oriente Médio após os últimos ataques de Israel contra o programa nuclear do Irã.

A Ministra das Relações Exteriores, Anita Anand, pediu aos canadenses da região que se registrem no Ministério das Relações Exteriores do Canadá para obter atualizações sobre as opções de viagem disponíveis.

Em uma entrevista ao programa Power & Politics da CBC na quinta-feira, Anand disse que os canadenses que fogem de Israel e do Irã devem ir para a Jordânia, Turquia e Armênia, onde o Canadá está ampliando seus serviços consulares.

Tanto Carney quanto Anand divulgaram declarações antes de partirem para a Europa para cúpulas consecutivas da UE e da OTAN.

O líder do Partido Conservador, Pierre Poilievre, diz que permitir que o Irã obtivesse uma arma nuclear teria sido "imprudente" e que as ações dos EUA e de Israel para impedir a proliferação nuclear do Irã são justificadas.

Poilievre disse que o governo federal deve proteger os canadenses da violência generalizada no Canadá e tomar medidas para impedir "a intimidação e a interferência estrangeira do regime iraniano contra as comunidades judaica e persa do Canadá".

Apelos à diplomacia

Enquanto isso, o Conselho de Segurança das Nações Unidas convocará uma reunião de emergência sobre o assunto ainda hoje.

Horas depois dos ataques, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, acusou os EUA de cruzar uma "linha vermelha muito grande" e disse que estava indo para Moscou para conversas urgentes com o presidente russo, Vladimir Putin.

Em uma entrevista à Fox News na manhã de domingo, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que os EUA não estão em guerra com o Irã e pediu negociações diretas.

"Estamos preparados para conversar com eles amanhã e começar a trabalhar nisso", disse ele.